NO BRASIL

Procura por seguro rural e agrícola cresce

Clima é um dos principais fatores que levam os produtores a tal busca para se protegerem de prejuízos

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A procura por seguro rural e agrícola nos últimos anos vem numa vertente crescente no Brasil. As mudanças climáticas extremas, como é o caso do fenômeno El Niño nesta temporada 2023/24, é um dos fatores, uma vez que garante uma proteção aos produtores rurais diante possíveis prejuízos.

Enquanto em Mato Grosso sofre com a seca e altas temperaturas, que no solo chegou-se a registrar mais de 60 graus, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná o excesso de chuva e a falta de sol causam preocupação. Tais situações afetam a agricultura e a pecuária e colocam os trabalhadores do campo em estado de alerta.

Em levantamento apresentado no dia 9 de novembro, a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontou que volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23. O dado consta no 2º Levantamento da Safra de Grãos, que traz ainda a perspectiva de um incremento de 0,5% sobre a área cultivada, passando para 78,9 milhões de hectares.

Com toda essa área a ser semeada e com a “previsibilidade” das mudanças no clima, a orientação é que o produtor tome os devidos cuidados para reduzir perdas. Contra os efeitos do clima, a indicação é o seguro agrícola, que protege a lavoura do segurado e é destinado à cobertura de prejuízos na atividade decorrentes de fenômenos que comprometem a produtividade da safra.

Além do clima, a atividade agropecuária também está suscetível a imprevistos como quebra de equipamentos e danos elétricos, que afetam diretamente o patrimônio. Para se blindar desses eventos, o seguro rural é a opção, pois protege benfeitorias, mercadorias, além de máquinas e equipamentos. Podem contratar os seguros rural e agrícola produtores de diferentes portes, sejam pequenos, médios ou grandes, conforme suas necessidades.

Redução de riscos

A consultora de Negócios do Sicredi, Danielle Nunes, afirma que ter seguro agrícola e/ou rural é importante para que os agricultores e criadores diminuam os riscos na atividade, o que permite a continuidade do negócio mesmo diante de adversidades.

“No Sicredi disponibilizamos um leque de seguros com coberturas que se adaptam às necessidades dos associados. São eles: seguro produtividade, seguro custeio, seguro floresta, seguro granizo, seguro cafezal, seguro rural simplificado e seguro multirrisco rural”, informa.

Na instituição financeira cooperativa, a contratação de seguros (rural e agrícola) é crescente. Os produtores estão cada vez mais conscientes da necessidade de ter com quem contar diante de uma adversidade e têm nesse produto uma alternativa para enfrentar situações difíceis com mais tranquilidade. Para se ter uma ideia, o saldo da carteira de seguros chegou a R$ 391,8 milhões em setembro deste ano, incremento de 41,4% em relação ao valor registrado ao fim de 2019, quando estava em R$ 277 milhões.

A consultora de Negócios do Sicredi, orienta que o seguro para proteção da lavoura deve ser contratado antes do plantio. “Contudo, para os produtores que desejam acesso a subvenção federal, quanto antes contratar, maiores serão as chances de ter até 40% do valor do seguro subsidiados pelo governo federal”, diz ela ao informar que nos casos em que o produtor possui uma operação de crédito para o plantio, o recomendado é que a contratação seja feita junto da contratação do crédito.

“Inclusive, nesses casos é possível incluir o valor do custo do seguro (prêmio) junto do crédito, podendo efetuar o pagamento do seguro junto com a colheita, trazendo uma maior comodidade para o produtor”, acrescenta a consultora. Vale lembrar que a contratação do seguro com subvenção não significa a garantia de acesso ao benefício, pois a subvenção será concedida somente caso se confirme a disponibilidade de recursos e o produtor seja elegível a participar do programa.

Com relação ao seguro de máquinas, equipamentos e benfeitorias, a recomendação é que o seguro seja feito na entrega ou conclusão dos bens.


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