As vendas de milho em Mato Grosso tanto da safra 2022/23 quanto da 2023/24 e 2024/25 seguem atrasadas em relação à média dos últimos cinco anos. As negociações lentas ainda são influenciadas pelo baixo preço pago pela saca de 60 quilos.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até abril foram negociados 96,97% da safra 2022/23, cuja produção de 52,5 milhões de toneladas foi recorde, superando, inclusive, a da soja. O avanço foi de apenas 0,91 ponto percentual na variação mensal.
O Instituto destaca que o aumento de 5,08% no preço médio da saca de 60 quilos não foi o suficiente para um progresso maior em comparação ao ciclo 2021/22, que no período contava com 98,89% da produção negociada, e da média dos últimos cinco anos de 99,71%.
O preço do milho 2022/23 ficou cotado em R$ 37,13 a saca em abril.
Ainda conforme o boletim semanal do cereal, divulgado na segunda-feira (13), no que tange a temporada 2023/24, que está em desenvolvimento, as vendas antecipadas atingiram 33,33% da produção prevista. Variação mensal de 7,71 pontos percentuais. Contudo, ainda aquém da média de cinco anos de 62,92% para a época e dos 38,65% do ciclo 2022/23.
“Esse aumento no interesse por novas vendas é resultado da alta nos preços e das perspectivas mais favoráveis para a produção”, pontua o Imea.
Referente a safra 2023/24 o preço médio da saca de 60 quilos encerrou abril a R$ 36,77, valorização de 1,13% ante março.
Quanto a safra 2024/25 a evolução mensal foi de 0,63 ponto percentual, atingindo 1,60% da produção estimada. A saca fechou abril cotada em média de R$ 37,42. Ao se comparar com os outros ciclos, o ritmo segue lento, visto a média histórica de 11,59% de milho negociado no período e dos 3,09% da safra 2023/24 vendidos antecipadamente no mês o ano passado.
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