O custo operacional efetivo (COE) para a safra 2024/25 de milho em Mato Grosso ficou cotado em média a R$ 4.820,50 por hectare em fevereiro. Apesar do recuo de 1,05% em relação a janeiro, ao se comparar com o consolidado da temporada 2023/24 o desembolso do produtor tende a seguir elevado. Estimativas apontam que para cobrir tal custo é preciso que a saca de 60 quilos seja negociada ao menos a R$ 46,41.
Na safra 2023/24 o produtor mato-grossense está desembolsando em média R$ 4.480,01 para semear um hectare. O plantio no estado, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), chegou a 99,45% da área prevista.
As projeções da safra 2024/25 foram divulgadas nesta semana pelo Instituto. O custeio para a temporada está em R$ 3.437,75 por hectare, uma retração de 0,83% ante a divulgação de fevereiro. Entretanto, acima dos R$ 3.284,44 da 2023/24.
No comparativo entre as duas safras, as projeções mostram que no custeio houve aumento nos custos com sementes de R$ 750,78 por hectare para R$ 882,88, bem como com defensivos de R$ 733,24 para R$ 832,52 por hectare.
Ainda conforme o levantamento, também é observado um incremento significativo com manutenção de R$ 167,27 para R$ 234,33, assim como na pós-produção, que envolve classificação e beneficiamento, armazenagem e transporte da produção, de R$ 285,47 por hectare para R$ 384,18.
Já fertilizantes e corretivos apresentaram recuo de R$ 1.518,66 para R$ 1.324,27 por hectare.
“Apesar de estar no início das estimativas do custo de produção, é importante que os produtores se atentem ao Ponto de Equilíbrio para cobrir suas despesas. Assim, para que o agricultor consiga pagar seu custeio ou o COE da safra 2024/25, colhendo 103,86 sacas por hectare, é necessário que negocie o seu milho a pelo menos R$ 33,10 a saca (custeio) ou R$ 46,41 a saca (COE)”, salienta o Imea.
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