
A realização de um bom manejo preventivo, aliado ao clima em boa parte do Brasil, resultou em altas produtividades no milho safra. Em Palmeiras das Missões, no Rio Grande do Sul, há produtor que chegou a alcançar a marca de 343,1 sacas de cereal por hectare no cultivo irrigado.
Os volumes recordes marcaram a quinta edição do concurso de produtividade do milho verão 2025 realizado pelo Fórum Getap Verão/25. Os resultados foram conhecidos na última quarta-feira (25).
O grande destaque nacional foi o produtor gaúcho Dimas Binsfeld, da Agrícola Binsfeld, de Palmeiras das Missões, no Rio Grande do Sul. A propriedade registrou colheita de 343,1 sacas por hectare, no cultivo irrigado.
A marca superou em 13 sacas por hectare o número máximo anterior, que era de 330 sacas por hectare.
Na categoria sequeiro, o destaque nacional foi a fazenda Ernest Milla Agrícola, de Candói, no Paraná. A propriedade do agricultor Egon Milla atingiu a colheita de 300,9 sacas por hectare. Ambas inscrições foram realizadas pela Corteva.
Segundo o Fórum Getap Verão/25, na região Centro, o destaque no cultivo sequeiro foi Cláudio Isamu Okada, do município de Madre de Deus de Minas (MG). Inscrito pela Bayer Crop, ele obteve uma colheita de 300,1 sacas por hectare. Na mesma região, na categoria irrigado, sagrou-se campeão, Alexandre Avelar Vallim, de Três Corações (MG). Inscrito pela Bayer, ele atingiu 264,1 sacas por hectare.
Já na região Norte, o primeiro lugar ficou com Jamil João Samara, localizado em Pastos Bons (MA). Inscrito pela Corteva, ele colheu 272,7 sacas por hectare.
Conforme o coordenador técnico do Grupo Tático de Aumento de Produtividade (Getap), Gustavo Resende Capanema, o que mais chamou atenção nesta edição do concurso foram as quebras de recordes, além da entrada de novos produtores, comprovando o potencial de outras regiões. “Temos agora uma nova marca a ser batida nas próximas edições”, reforçou.
Ainda de acordo com Capanema outros fatores merecem destaque. “Em Minas Gerais tivemos produtividades altas, e o Maranhão comprovou que a tecnificação dos produtores locais tem dado efeito e ainda há margem para crescer. No final, a média geral desta edição superou as 216 sacas por hectare da edição passada, atingindo 257 sacas por hectare — um resultado muito superior à média nacional de 109 sacas por hectare estimada pela Conab”, analisou.
Condições favoráveis
Essa colheita farta de milho, em boa parte do país, contou com a colaboração do clima, que durante grande parte do desenvolvimento da cultura no campo foi favorável. De acordo com Capanema, durante a auditoria nas fazendas foram poucos os relatos de problemas com pragas e doenças. Ou seja, o bom manejo preventivo, aliado ao clima, resultou em altas produtividades.
Outro fator animador foi a valorização e a demanda crescente do grão, impulsionada principalmente pela produção de biocombustíveis, além da alimentação animal e exportação.
“Nós, assim como os produtores, estamos felizes com os resultados e com o bom momento do mercado. Com tetos produtivos cada vez mais altos, os agricultores buscam se superar a cada ano. Esse é justamente o propósito do concurso: fomentar o mercado e incentivar boas práticas”, acrescentou o coordenador técnico do Getap.
Inscrições e auditorias
Esta edição contou com 390 inscritos de 8 estados, que concorreram nas categorias sequeiro e irrigado. “Na primeira edição do Getap Verão, em 2022, tivemos 23 inscritos. Agora, para 2025, foram quase 400 participantes. Passamos de 20 produtores auditados para 165 — registrando mais uma marca expressiva no concurso”, reforçou Capanema.
Todas as áreas inscritas foram auditadas por equipes especializadas, com ampla experiência nesse mercado. Foram analisados indicadores-chave como: Produtividade obtida; População de plantas; Número e peso de grãos por espiga.
Ao final, os participantes recebem um relatório técnico completo, produzido pela equipe do Getap, permitindo comparar seu desempenho com a média dos demais concorrentes.
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