Os preços elevados devem ditar a próxima safra de milho em Mato Grosso. A previsão inicial é de que as lavouras ocupem uma nova área, cerca de 130 mil hectares acima da cultivada este ano. Recorde este que pode auxiliar o estado a colher 45,54 milhões de toneladas, somado perspectiva de produtividade de 104,33 sacas por hectare. É o que aponta a primeira estimativa de safra 2022/23 do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O Instituto estima para o milho um incremento de 1,8% na área para a próxima safra em relação à 2021/22, totalizando 7,28 milhões de hectares. O resultado é previsto, assim como na atual safra, em decorrência aos altos patamares de preços que estão sendo praticados no mercado.
Conduto, o levantamento de primeira safra destaca que ainda há cautela por parte dos produtores mato-grossenses quanto à definição da área que será plantada com o cereal, diante dos altos custos de produção e das incertezas climática.
Produtividade do milho deve subir
A primeira estimativa aponta um rendimento de 104,33 sacas por com base na média da produtividade das últimas safras. Isso representa um aumento de 2,05% no comparativo com a safra 2021/22, cuja média ficou em 102,23 sacas por hectare.
O Imea frisa que as condições climáticas para o próximo ano, bem como a evolução da semeadura e colheita da soja, são fatores que ainda estão em aberto e serão fundamentais para a definição dos rendimentos do cereal para o próximo ciclo.
“Ainda tem muita coisa para acontecer. Nesse momento falamos algo em torno de 104 sacas por hectare, mas que diante desse contexto se formos trabalhar um número prévio para a próxima temporada de produção dá para olhar algo em torno de 45,5 milhões de toneladas”, diz o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.
A produção de 45,54 milhões de toneladas representa uma alta de 3,89% em relação à safra 2021/22 na qual 43,83 milhões de toneladas de milho foram colhidas.