MAIOR DA HISTÓRIA

Mato Grosso colhe recorde de 55,4 mi/t de milho na safra 24/25 e prevê recuo de 6,70% na 25/26

Projeção para a safra 2025/26 decorre da estimativa inicial de recuo de 8,38% na produtividade média de milho no estado

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Mais de 55,434 milhões de toneladas de milho foram colhidas em Mato Grosso na safra 2024/25. O volume – que supera em 17,06% a temporada 2023/24 – é considerado o maior da série histórica do grão no estado. Apesar do recorde, o ciclo 2025/26 se desenha com um recuo de 6,70% na produção, diante da perspectiva de uma produtividade 8,38% menor.

Os números foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (1º). De acordo com o relatório de Oferta & Demanda, na safra 2024/25 a área ficou em 7,26 milhões de hectares, 6,29% acima da anterior.

A produtividade foi consolidada em 127,27 sacas por hectare de média, volume considerado recorde para o estado. O Instituto explica que o rendimento supera em 0,80% o divulgado em agosto e em 10,14% o resultado do ciclo 2023/24.

“O desempenho está associado às condições climáticas favoráveis observadas ao longo do ciclo, sobretudo pela boa distribuição das chuvas durante as fases de desenvolvimento das lavouras”, explica

Outro fator decisivo para o bom rendimento nas lavouras de milho nesta temporada foi o prolongamento das precipitações, principalmente nas áreas semeadas fora da janela considerada ideal no estado. “Dessa forma, mesmo em regiões com maior exposição ao risco climático, a umidade no solo assegurou os enchimentos de grãos, contribuindo para a consolidação de uma média estadual superior à de toda a série histórica do Imea”.

Primeira estimativa de milho 25/26 prevê queda

O Imea também divulgou nesta segunda-feira a primeira estimativa de safra 2025/26 de milho. Mesmo com a previsão de aumento de 1,83% na área em relação a temporada 2024/25, ficando em 7,39 milhões de hectares, as projeções apontam retração tanto na produtividade quanto na produção.

O Instituto explica que o incremento na área é puxado, principalmente, pela região nordeste do estado, que deve registrar uma expansão de 4,31% na área ante o ciclo passado. “O movimento reflete a expectativa de redução da área destinada ao gergelim, uma vez que os preços da cultura não se mostram atrativos para a próxima safra. Nesse contexto, o milho surge como alternativa mais viável para os produtores”.

Já para as regiões noroeste, norte e sudeste as estimativas desenham uma alta de 2,46%, 2,40% e 2,07%, respectivamente, de área. “Esse avanço está relacionado à possibilidade de expansão da cultura sobre áreas atualmente ocupadas pela soja, cuja área também vem registrando crescimento contínuo ao longo dos anos”.

Conforme o levantamento, no que tange a produtividade, a primeira perspectiva para o ciclo 2025/26 é de 116,61 sacas por hectare de média, 8,38% a menos que na temporada 2024/25. “É importante ressaltar que os fatores climáticos e investimentos com sementes, fertilizantes, entre outros serão determinantes para a consolidação da projeção para a temporada futura”, frisa o Imea.

Diante das projeções de área e rendimento médio, a produção projetada para a safra 2025/26 é de 51,72 milhões de toneladas, 6,70% a menos que o recorde registrado na safra 2024/25.


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