Com a perspectiva de menor oferta mundial para a safra futura, além da abertura de uma nova usina de etanol de milho, o consumo total do cereal em Mato Grosso pode aumentar em 6,09% em 2023. As projeções apontam um crescimento de 6,48% nas exportações e de 7,07% no consumo estadual.
Para a safra 2022/23, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu quarto levantamento de oferta e demanda, estima uma oferta de 46,65 milhões de toneladas de milho. Um incremento de 1,91% ante o relatório passado, pautado pelo reajuste na estimativa de produção no mês de novembro.
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Segundo o relatório, a demanda pelo milho mato-grossense ficou estimada em 46,27 milhões de toneladas, 1,62% a mais que no levantamento passado e 6,09% acima das projeções para o ciclo 2021/22.
“As exportações devem continuar como o destaque com 28,64 milhões de toneladas, devido a demanda externa aquecida, apresentando incremento de 1,14% no comparativo com a última estimativa”, pontua o Instituto, que destaca, ainda, alta de 6,48% ante a temporada passada.
No que tange ao consumo estadual, devido a abertura de uma nova usina de etanol e expansão das já instaladas no estado, as projeções no novo relatório ficaram em 12,78 milhões de toneladas, reajuste de 0,52% ante a terceira estimativa e 7,07% a safra 2021/22.
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“Já o consumo interestadual teve um reajuste de 7,78% no comparativo entre os relatórios e totalizou 4,85 milhões de toneladas, em função da redução do volume hídrico na região sul do Brasil, que traz preocupações quanto a oferta da primeira safra de milho no mercado interno, o que pode estimular a demanda pelo milho mato-grossense”.
Entrada da China impulsiona demanda da safra 2021/22
De acordo com o Imea, no que diz respeito a demanda da safra 2021/22 a estimativa se manteve em 43,61 milhões de toneladas no novo relatório, o que corresponde a um aumento de 33,96% em relação à safra passada.
Estima-se que 26,9 milhões de toneladas tenham as exportações como destino, um aumento de 62,68% no comparativo da safra 2020/21.
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“A justificativa é pautada pela crescente demanda internacional de milho para ração animal, além da perspectiva de redução na oferta mundial e a entrada das importações de milho brasileiro pela China”.
Em relação ao consumo estadual este apresentou uma redução de 0,26% no comparativo com o terceiro relatório e totalizou 11,93 milhões de toneladas, dado a revisão nas estimativas de compras de milho por parte de algumas usinas de etanol no estado. No comparativo com o ciclo 2020/21 alta de 8,76%.
Já o consumo interestadual foi estimado em 4,78 milhões de toneladas, uma alta de 0,63% no comparativo com o relatório de outubro e queda de 5,35% em relação à safra 2020/21.
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