MÉDIO-NORTE LIDERA

Colheita de milho em Mato Grosso avança acima da média histórica

Produtores seguem de olho no clima, uma vez que a presença de chuvas neste momento pode afetar a qualidade dos grãos de milho

mais milho foto pedro silvestre canal rural mato grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Com a região médio-norte na liderança, a colheita o milho avançou em Mato Grosso na última semana e atingiu 1,94% da área semeada nesta safra. A extensão é superior à média histórica dos últimos cinco anos de 0,64%, além dos 0,49% observados no período o ano passado.

Na variação semanal, as máquinas avançaram 1,44 ponto percentual, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Mato Grosso semeou nesta safra 2023/24 uma área de 6,9 milhões de hectares com o cereal. A previsão é que sejam colhidas pouco mais de 45 milhões de toneladas.

Segundo o Instituto, a região médio-norte é a mais adiantada com os trabalhos. Em três semanas os produtores já colheram 3,59% do milho plantado na região.

Em seguida vem a região noroeste com 2,39% da área e a oeste com 2,15%. No norte mato-grossense foi colhida 1,19% da área e no centro-sul 1,11%.

Já as regiões sudeste e nordeste apenas 0,65% e 0,26% de suas respectivas extensões destinadas ao grão.

Olho na lavoura e no clima

Ao passo que a colheita do milho caminha, os olhos dos produtores seguem mirados também para o clima, mais precisamente quanto a possibilidade de chuvas diante da mudança da chegada das primeiras frentes frias no estado. Isso porquê, a presença de chuvas neste momento, pontua o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, pode afetar a qualidade dos grãos, como relatado em alguns municípios.

“Você perde peso e qualidade também e com isso o produtor pode sofrer desconto. Temos que lembrar que 2016 foi um ano semelhante. Ano de La Niña, que teve problemas na produção da soja, como esse ano, e no mês de maio em alguns municípios invernou chovendo. Contra o tempo não podemos fazer nada”, diz Lucas ao Canal Rural Mato Grosso.


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