Manejo e genética garantem produtividade no cultivo do eucalipto

Produtividade nas florestas plantadas de eucalipto não depende de sorte, mas de decisão técnica. Manejo adequado e uso de clones adaptados ao solo e ao clima são fatores que definem o desempenho dos plantios em Mato Grosso, conforme avaliação de Maurel Behling, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril. Para ele, abandonar práticas ultrapassadas e adotar novas tecnologias é o caminho para consolidar a silvicultura como atividade estratégica no estado.

As práticas de preparo correto do solo, adubação equilibrada e controle de pragas são decisivas para o bom desenvolvimento dos plantios. “O manejo é o que está, de fato, nas mãos do produtor. É a ferramenta capaz de transformar o potencial da floresta em resultados concretos”, afirma.

Clones adaptados e novas tecnologias

A escolha de materiais genéticos adequados é apontada como decisiva para o avanço da atividade. Em parceria com a Arefloresta e outros órgãos, a Embrapa está realizando testes de validação em fazendas do estado, com apoio do Fundo Desenvolve Floresta, a fim de identificar clones superiores e disponibilizá-los aos produtores.

O ciclo do eucalipto, que dura em média sete anos, garante biomassa de qualidade para diferentes usos, explica o especialista. “O eucalipto está para as espécies madeireiras como o Bombril está para as esponjas de aço: é 1001 utilidades… e atende de pobre ao nobre”, diz Behling, ao destacar sua versatilidade, que vai desde a produção de papel até a fabricação de peças para tratores e automóveis.