A utilização de práticas sustentáveis nas lavouras em Mato Grosso tem apontando ganho em produtividade. O estado é considerado um dos destaques na intensificação de práticas conservacionistas, reduzindo a pegada de carbono da soja.
O programa Pro Carbono, da Bayer, conta com mais de 650 municípios de 16 estados brasileiros. Na terça-feira (13) foram apresentados em Cuiabá aos agricultores mato-grossenses, especialistas e pesquisadores os avanços da iniciativa. Na oportunidade foram discutidas ações que permitirão à agricultura brasileira ser mais produtiva e adotar um papel relevante no cenário mundial.
Um dos participantes do programa é o produtor Cristian Dalben, de Sorriso. Ele participa do PRO Carbono desde 2020 e revela ter visto no talhão destinado ao projeto a colheita de milho passar de 156 sacas por hectare para 212 sacas ao intensificar o uso de práticas sustentáveis.
Dalben comenta utilizar braquiária para fazer cobertura da terra, além da adoção do plantio direto, o que favorece o sequestro de carbono no solo.
“O que me levou a aderir estas práticas foi perceber que a produtividade aumenta. Eu podia usar menos adubo e continuava produzindo o mesmo de quando utilizava uma adubação pesada”, conta Dalben.
Brasil tem protagonista no mercado de carbono
Conforme Fábio Passos, líder do Negócio de Carbono da Bayer para a América Latina, o agronegócio brasileiro possui grande potencial de se tornar protagonista no mercado de carbono, através da intensificação de práticas sustentáveis na lavoura.
“Os resultados que vimos até o momento são animadores e indicam que temos um caminho promissor junto aos agricultores e parceiros dispostos a contribuir para posicionar a agricultura como parte da solução dos desafios climáticos”, ressalta Passos.
Programa presente em mais de 10 países
Parte da iniciativa Carbono Bayer, o PRO Carbono foi lançado em 2020 e está presente em mais de 10 países. Ele conta com mais de 2.600 produtores que juntos já sequestraram 500.000 toneladas de carbono no solo.
“Junto com pesquisadores, universidades, startups e a Embrapa, trabalhamos para impulsionar a sustentabilidade e produtividade para os agricultores. A ideia é que adotem cada vez mais práticas agrícolas inteligentes em relação ao clima e, no futuro, possam ser recompensados não apenas pelo que e quanto produzem, mas também pela forma como produzem”, diz Passos.