Uma vitrine de cultivares composta por 48 materiais com biotecnologia e oito materiais convencionais implementados de duas texturas diferentes de solos arenosos e argilosos foram base de pesquisa no Ctecno Parecis da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Através do estudo, foi possível perceber que aumentar o número de plantas pode potencializar o cultivo de soja na areia.
Os testes envolveram protocolos de rotação de cultura, manejo de adubação, potássio, enxofre e fósforos e foi realizado em uma área de 88 hectares de textura arenosa. Os dados foram apresentados para agricultores, agrônomos, pesquisadores e universitários interessados no resultado do estudo.
O Patrulheiro Agro acompanhou o dia de campo promovido pela Aprosoja-MT.
O professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alencar Junior Zanon, explicou sobre as diferenças de solos e a quantidade de mililitros de água que cada um armazena.
“A questão da textura do solo, na prática, é o quanto ele armazena de água, tem solo que vai armazenar em torno de 80 milímetros, outros armazenam 130 milímetros. Na prática, o que é isso? Um milímetro de chuva significa 6 quilos de grãos de soja, então a diferença entre esse solo arenoso e o solo argiloso em um ano em que choveu pouco como esse, no início do ciclo, são 10 sacas de diferenças somente pela textura do solo”, explicou.
Para ele, o caminho para aumentar a produtividade das culturas agrícolas de forma vertical, não é colocar mais insumos, mas sim, aplicar melhores conhecimentos dentro das lavouras. Como foi feito durante o encontro.
O manejo que permite maior estabilidade de produção é a principal recomendação técnica dos especialistas. A estratégia visa melhorar o teto produtivo em anos favoráveis e pode ajudar a evitar perdas em época de déficit hídrico e altas temperaturas, como aconteceu nesta safra.
O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Beber, pontuou que a Ctecno Parecis a cada ano, evolui mais e destacou a importância de eventos para a pesquisa como esse.
“Aqui é feita a pesquisa, principalmente, com manejo de adubação, de cobertura verde. Em um ano como esse que está seco, o contraste ainda é maior em cima de todos esses ensaios e o objetivo principal é sempre trazer a otimização do uso da terra pelo produtor e também a sustentabilidade econômica”, frisou Beber.
Agricultores presentes no dia de campo contaram que esse tipo de encontro faz eles aprenderem bons manejos em áreas arenosas e que melhoram a produtividade das fazendas.
“Nós estamos estimando de 20% a 25% nas áreas sobre solos de texturas mais frágeis.São várias informações que são indicativo muito importante para nós que estamos ali produzindo”, finalizou o agricultor João Ferreira da Silva.
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.