O mercado do algodão registrou mais uma semana de volatilidade e preocupação com a economia global. Contudo, a busca da China pela fibra importada traz ânimo aos exportadores.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a crescente busca pelo algodão importado por parte da China, pela segunda semana consecutiva, é decorrente a fibra local estar mais cara.
As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta sexta-feira (12).
Confira os destaques trazidos pelo Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa:
Algodão em NY 1 – O contrato Jul/23 fechou ontem a 79,62 U$c/lp (-2,6%).
Algodão em NY 2 – Referência para a safra 2022/23, o contrato Dez/23 era cotado a 79,60 U$c/lp (-2,2%) e o Dez/24 a 76,97 (-0,2%) para a safra 2023/24.
Basis Ásia (11/05), o Basis médio de oferta do algodão brasileiro estava cotado em 1000 pts para embarque próximo (Middling 1-1/8″ (31-3-36) posto Leste da Ásia, fonte Cotlook)
Altistas 1 – Na China, agora com o algodão importado mais barato que o local, mercado segue ativo.
Altistas 2 – As vendas semanais americanas continuaram fortes esta semana, com a China liderando as compras pela segunda semana seguida.
Baixistas 1 – Chuvas tem caído no Oeste do Texas, ajudando o plantio na região. Apesar da previsão ser de mais chuva, a situação ainda é muito crítica.
Baixistas 2 – Entrave político nos EUA com a discussão do teto de gastos trouxe insegurança ao mercado esta semana.
Oferta e Demanda 1 – Hoje será divulgado o relatório de maio do USDA. Será o primeiro do ano com as previsões também para a safra 2023/24.
Oferta e Demanda 2 – Como referência, em fevereiro no USDA Outlook Forum, a produção global 23/24 foi estimada em 25,03 milhões tons (+0.5%) e o consumo em 25,15 milhões (+4.4%).
Plantio – Nos EUA, 22% da safra de algodão já foi plantada, com ritmo em linha com a média histórica até aqui. Já na China, a semeadura na região de Xinjiang já ultrapassou 90%. Entretanto, condições climáticas adversas obrigarão o replantio em algumas áreas.
Colheita – Enquanto isso, na Austrália e Argentina os produtores colhem suas safras.
Austrália 1 – A Austrália iniciou sua temporada de exportações da safra deste ano com 62,9 mil tons embarcadas em março. É o maior nível de exportações desde março de 1988. O Vietnã foi o principal destino, com mais de 17 mil toneladas.
Austrália 2 – O país, que praticamente exporta toda sua produção de algodão, deve colher este ano 1,2 milhão de tons de algodão.
EUA 1 – Políticos americanos estão discutindo restrições às importações de roupas diretamente pelos consumidores. Esta medida visa evitar que peças com algodão de Xinjiang entre no país.
EUA 2- Em junho de 2022, entrou em vigor nos EUA uma lei que proíbe a importação de confecções e produtos têxteis com algodão de Xinjiang (China) devido a denúncias de trabalho escravo na região.
Índia – A Cotton Association of India (CAI) reduziu os números de produção no país para 5,07 milhões de tons. A última estimativa do USDA foi 5,33 milhões.
Brasil – Exportações – De acordo com dados do MDIC, o Brasil exportou 23,3 mil tons de algodão na primeira semana de maio/23. A média diária de embarque foi 56,8% superior quando comparado a maio/22.
Brasil – Safra 2022/23 – De acordo com o 8º levantamento da safra 2022/23, divulgado ontem (11/05), pela CONAB, a área plantada de algodão é estimada em 1,636 milhão de hectare (+2,2%) e a produção de pluma em 2,90 milhões de toneladas (+13,6%).
Preços do Algodão – Consulte tabela abaixo:
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