A comercialização da pluma de algodão em Mato Grosso atingiu 81,52% da produção estimada para o ciclo 2021/22. Ao se comparar com as vendas da safra 2020/21 em agosto do ano passado é observada uma retração de 1,13 ponto percentual, reflexo dos impactos registrados na produtividade da fibra.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) explica que às adversidades climáticas, que afetaram grande parte das lavouras do estado, levaram os cotonicultores a ficarem receosos na hora de travar novos negócios. O que resultou em um ritmo de vendas inferior ao ciclo anterior.
Em relação ao mês de julho é verificado um avanço de 3,5 pontos percentuais na comercialização da pluma.
Volume de pluma exportada também é inferior
Conforme dados trazidos pelo Imea em seu boletim semanal, Mato Grosso foi responsável por 34,75% das exportações de pluma no Brasil. O estado embarcou 21,82 mil toneladas, volume 19,82% menor do que o escoado no mesmo período em 2021.
“Apesar de a colheita ter apresentado um ritmo avançado quando comparado com a safra 2020/21, contribuindo para o andamento dos embarques estaduais, a diminuição da demanda oriunda do Paquistão e Bangladesh, que importaram 50,07% e 24,42% a menos do que no mesmo período do ciclo 2020/21, respectivamente, foi um fator determinante para o menor volume escoado no mês de agosto de 2022”, traz o Instituto.
Os principais compradores da pluma mato-grossense seguem sendo a China e Bangladesh, responsáveis por 26,99% e 16,06% dos embarques no mês de agosto deste ano.
“Por fim, diante da maior produção estimada para esta safra, é esperado que o estado exporte 1,47 milhão de toneladas de pluma neste ciclo, elevação de 19,88% quando comparado com a safra passada”, diz o Imea.
Safra 2022/23 avança na variação mensal
A comercialização da safra 2022/23 avançou 4,27 pontos percentuais no comparativo mensal, alcançando 47,34% da produção esperada para o ciclo. Em relação à safra 2021/22 a venda está 7,01 pontos percentuais à frente.
“No que tange à safra 2022/23, a valorização do contrato de dezembro de 2023 da fibra na bolsa de Nova York, em agosto de 2022 ante a julho de 2022, refletiu em um incremento de 7,71% no preço médio da pluma no estado, o que estimulou os cotonicultores a travarem novas vendas”.