A área destinada ao algodão na temporada 2023/24 deve crescer 9,10% em reação à anterior em Mato Grosso. A previsão, diante da perspectiva de rentabilidade superior ao milho, é que 1,312 milhão de hectares sejam plantados.
As projeções são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgadas ontem (2). Da área total 210,6 mil hectares deverão ser de primeira safra e 1,101 milhão em segunda safra.
Segundo o instituto, na região oeste deverão ser plantados 440,46 mil hectares (+9,28%), no médio-norte 343,43 mil hectares (+10,62%), no sudeste 302,43 mil hectares (+7,80%), centro-sul 103,47 mil hectares (+17,68%), nordeste 60,302 mil hectares (+6,71%), noroeste 49,15 mil hectares (-8,03%) e no norte do estado 13,1 mil hectares (+19,48%).
O superintendente do Imea, Cleiton Gauer, comenta que o incremento na área é creditado a rentabilidade do algodão estar hoje melhor que a do milho.
“Outro ponto que tem animado os produtores nesta temporada é a perspectiva de retomada da demanda à nível mundial, principalmente puxada pela China”, diz Gauer ao destaca que o clima deverá ser o maior desafio dos cotonicultores mato-grossenses.
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Produtividade recua e produção cresce
Em termos de produtividade, considerando a média dos últimos cinco anos, são esperadas 284,35 arrobas por hectare de algodão em caroço, queda de 7,06% ante o estimado para a temporada 2022/23.
O Imea pontua que a produtividade final depende de diversos fatores, como por exemplo o clima, que nesta temporada conta com a presença do El Niño, que tende a gerar condições climáticas desfavoráveis para a cultura do algodão no ciclo 2023/24.
Por fim, a expectativa é de que sejam produzidas 5,60 milhões de toneladas de algodão em caroço e 2,33 milhões de toneladas de pluma neste novo ciclo, volumes 1,39% e 1,35% maiores que o estimado para o ciclo 2022/23, tendo em vista o aumento da área.
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