Empresários do setor têxtil de Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Sergipe, Santa Catarina e Paraná participaram nos dias 3 e 4 de fevereiro de um tour pela indústria e lavoura algodoeira mato-grossense em Campo Verde. Município irá receber investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões com a implantação de uma indústria de produção de tubetes de papelão utilizados pelas fiações para enrolar os fios.
A visita fez parte do evento “Tour da Fibra ao Fio”, realizado pelo Governo do Estado, por meio de uma parceria da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) com a Prefeitura de Campo Verde.
O município é polo da fiação no estado com 15 usinas de beneficiamento da pluma em atividade e quatro fiações que produzem cerca de quase cinco mil toneladas de fios de algodão. A estratégia é atrair novos investidores, diante da ampla oferta e disponibilidade de incentivos fiscais.
Ao todo, onze empresários participaram do tour. Durante a abertura da ação, realizada na sede da Associação Mato-grossenses dos Produtores de Algodão (Ampa-MT) em Cuiabá, no dia 3, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados, principalmente ferroviário.
Análise de incentivos fiscais em cerca de 48h
Mauro Mendes ressaltou ainda que o estado vem buscando reduzir burocracias quanto à questão dos incentivos fiscais. “Para terem uma ideia, o período entre o pedido e o deferimento do incentivo fiscal em Mato Grosso demora aproximadamente 48 horas, sem burocracia, pela internet, sem precisar contratar consultor. Não precisa nem ir à secretaria”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Alberto Miranda, apresentou aos empresários o Programa de Incentivo Fiscal (Proalmat) que concede crédito presumido equivalente a 65% do valor do ICMS, e os principais investimentos já realizados com o intuito de impulsionar a indústria no estado.
“O algodão de Mato Grosso representa 70% da produção nacional. O governo estadual oferece percentuais atrativos por meio da política de incentivos fiscais, no caso do algodão, o Proalmat. A adesão ao nosso programa de incentivo é digital, isonômica, com segurança jurídica e com percentuais equivalentes a 65%. Temos uma matéria-prima de qualidade. Oferecemos isenções tributárias e programas que expandem, atraem e fomentam a indústria algodoeira no Estado”, destacou Miranda.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, ação como a realizada pelo Governo de Mato Grosso é de sua importância para o setor produtivo.
“Era necessário fazer essa ação, atrair essas indústrias. E o trabalho foi muito bem feito, com um preparo até da Legislação Estadual, para que se tenha mais incentivos ainda para trazer essas indústrias e também, logicamente, a Prefeitura poder estar trazendo, preparando, mostrando o que tem de melhor no município. Temos uma evolução, até inclusive, das indústrias que já estão instaladas em Campo Verde, mas nós podemos acompanhar essa evolução em novas empresas. Vamos trabalhar para que tenha cada vez mais essa ampliação do nosso parque fabril para, realmente, nós termos o polo têxtil de Mato Grosso em Campo Verde. Nós temos todas as condições para isso”, salientou Schenkel.
Qualidade da fibra chama a atenção
Campo Verde cultiva anualmente 90 mil hectares de algodão. Conforme o prefeito Alexandre Lopes, o nível de qualidade faz com que a pluma seja um dos produtos mais almejados pelo mercado exportador.
Durante o tour, os empresários tiveram a oportunidade no dia 4 de conhecer a sede da Cooperfibra, além da fiação da Cooperfios, empresa que foi desmembrada da Cooperfibra, e que está ampliando a sua capacidade de produção de 1,2 mil toneladas para 2,4 mil toneladas mês.
Ainda em passagem por Campo Verde os empresários visitaram a Fazenda Filadélfia, do Grupo Bom Futuro.
“É o município de Campo Verde despontando, mostrando as suas potencialidades, para que a gente possa, no futuro, fazer novos negócios. Saber que existe aqui um solo fértil para o crescimento dessa tão importante matéria-prima, que é o nosso algodão”, frisou o prefeito Alexandre Lopes ao acompanhar os visitantes.
Empresário do Paraná irá investir em Campo Verde
Empresário do ramo tubetes para a indústria têxtil, tubos de papelão, open end e cones de papelão voltados para a indústria têxtil, Alexandre Takatsu Costa da Indústria Paranaense de Tubos e Conicais (IPTC), com sede em Mandaguaçu (PR), era um dos integrantes da comitiva de empresários no tour. Na ocasião ele anunciou investimentos na ordem de R$ 2,5 milhões no município na implantação de uma planta industrial de sua empresa.
De acordo com Alexandre Takatsu Costa, o terreno já foi adquirido e nesta semana começa a elaboração dos projetos para a realização das obras.
“Decidimos investir em Campo Verde porque nós temos uma parceria desde 2011 com a Coopefibra. E agora, com essa expansão da Cooperfios e a implantação da Incofibras, realmente viabilizou em termos financeiros, a instalação de uma unidade nossa aqui. Acho que mais fiações virão para cá por todo o potencial que tem o algodão e a facilidade dos incentivos fiscais que o estado entrega para os empresários”, disse o empresário.
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