Mesmo com o aumento da demanda, o consumo brasileiro de calcário ainda é baixo. Porém, com excelente potencial de crescimento.
Hoje, a produção nacional de calcário gira em torno de 60 milhões de toneladas. Uma média, conforme o gerente comercial da Calpar Calcário Agrícola, Rubens Antônio de Souza, de uma tonelada por hectare.
“Está bem aquém do que deveria ser. Tem potencial para dobrar, triplicar ou quase quadruplicar esse volume”.
Um dos três produtores responsáveis pela implantação do plantio direto no Brasil, o produtor de Ponta Grossa, no Paraná, Frank Dijkstra ressalta que o calcário é fundamental.
“Solo ácido você tem que calcariar. Isso não tem como escapar. E, de preferência, fazer isso já no início quando vai abrir o solo para fazer uma boa correção, para depois só fazer a manutenção. É super importante. Você tem que saber onde pisa”, frisa o produtor ao projeto Mais Milho do Canal Rural Mato Grosso.

Baixo custo comparado aos benefícios
O mercado do calcário vem em curva de ascensão nos últimos anos à medida em que aparecem os resultados em produtividade no campo, afirmam os especialistas.
“No passado já utilizava, talvez, na manutenção simplesmente de correção. Hoje já se faz quase que uma adubação com calcário. Já se coloca um pouco mais, porque se sabe que o calcário é importante tanto para corrigir a acidez quanto elevar o Ph do solo”, salienta Rubens Antônio.
Outros benefícios trazidos está o aumento da saturação por base e o fornecimento de cálcio e magnésio, elementos importantes para as plantas.
“E, ele tem, assim, um baixo custo comparado ao benefício que ele traz. Então, é uma relação boa de benefício em relação ao custo”, ressalta o gerente comercial da Calpar.
Pesquisa é essencial para a dose certa
A Fundação ABC, localizada no município de Castro, no Paraná, possui um importante trabalho junto aos produtores através da análise de solo de todas as propriedades da região. É dessa forma que o produtor rural vai saber a quantidade exata de calcário que precisa aplicar no solo.
De acordo com o pesquisador Gabriel Barth, além de elevar o Ph do solo, reduzir o alumínio tóxico e fornecer o cálcio e o magnésio, o calcário proporciona ainda um aumento da eficiência e do aproveitamento dos nutrientes, principalmente o fósforo.
“Tem a quantidade correta a ser aplicada, bem feita e com parâmetros. Tem que ter a análise do solo bem feita”, diz o especialista.
E como ressalta o produtor Frank: “O solo ensina para o homem se adequar a ele. Não é o homem adequar o solo a ele”.
+Confira mais notícias do projeto Mais Milho no site do Canal Rural
+Confira mais notícias do projeto Mais Milho no YouTube
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.