Mato Grosso é responsável por 46,7% da produção de gergelim no país e terá a oportunidade de aumentar a produção do cereal com o acordo firmado entre Brasil e China. A transação internacional irá ampliar as exportações brasileiras e estimular a produção no estado.
A China, maior importador de gergelim do mundo, comprou R$ 8,8 bilhões do cereal em 2023 no mercado internacional. A gigante asiática busca no Brasil, grãos de qualidade que atendam aos requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação.
Nesse cenário, Mato Grosso se destaca com a produção de mais de 360 mil toneladas de gergelim na safra 2023/24, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A articuladora desse processo é a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT).
“Unimos as entidades que representam o agronegócio com o objetivo de aumentar a exportação, que tem em Mato Grosso destaque na segunda safra. Apenas de janeiro a outubro deste ano foram exportados R$ 1,4 bilhão desse cereal no país e esperamos expandir ainda mais esse valor, o que trará benefícios não só para Mato Grosso como para a economia brasileira”, avalia o presidente da Aprofir-MT, Hugo Garcia.
Além da Aprofir-MT, as articulações tiveram a participação do Instituto Brasileiro dos Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil).
“Foram realizados seminários para debater a expansão desse mercado, e ainda teremos mais 15 eventos sobre esse tema que é de vital importância neste momento. Já temos perspectiva de um aumento de 10% na produtividade para esta safra no Brasil, o que demonstra o potencial para atender à uma maior demanda do mercado chinês”, explica Hugo.
Além do aumento da procura pelo cereal, o cultivo do gergelim tem se mostrado lucrativo porque a planta é resistente às condições de seca, possui baixo custo de produção e exige pouca adubação, apresentando rentabilidade maior em comparação com o milho. Esses motivos levaram a um aumento de 83% da área plantada, passando de 361 mil para 660 mil hectares no Brasil, segundo a Conab.
“Desde 2017, o Brasil é o maior fornecedor de alimentos para a China, e o país se mostrou confiável nesse mercado, o que possibilita agora a expansão do mercado do gergelim. Podemos exportar ainda mais, com a consolidação da parceria entre Brasil e China, que irá aumentar a área plantada principalmente em Mato Grosso, que já se destaca nessa produção”, enfatiza o presidente da Aprofir-MT.
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