LEI DA RECIPROCIDADE

Mauro Mendes sugere 'boicote' ao Carrefour: ‘Não é justo alguém nos tratar dessa forma’

Para o governador de MT, a França quer usar muitas vezes o meio ambiente para criar barreiras por não conseguir competir com o Brasil

MT, Mauro Mendes, reforma tributária
Foto: Mayke Toscano/Governo de Mato Grosso

O comunicado do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, sobre a gigante do varejo mundial não adquirir mais carne do Mercosul, é visto pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) como uma confirmação de que a França quer usar o meio ambiente para criar barreiras contra o agronegócio brasileiro e demais países da América do Sul.

As declarações do CEO do Carrefour foram publicadas nas redes sociais e são uma reprodução de uma carta enviada ao presidente dos sindicatos agrícolas da França, Arnaud Rousseau, em resposta aos protestos dos produtores daquele país contra um acordo que pode ser assinado entre o Mercosul e a União Europeia.

“Como esses produtores não conseguem competir com o agronegócio brasileiro, eles ficam criando esses artifícios e o Carrefour e o Atacadão embarcaram nessa onda”, disse Mauro Mendes em suas redes sociais.

O governador de Mato Grosso frisou ainda que a decisão do Carrefour deixou “mais uma vez claro” que as ações realizadas e declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, bem como ambientalistas, “é muita conversa fiada, porque no fundo mesmo eles querem usar muitas vezes o meio ambiente para criar barreiras contra o agronegócio do nosso país e de alguns outros países aqui da América do Sul”.

Mauro Mendes afirmou ainda que é de direito do CEO do Carrefour comprar de quem ele quer para mandar produto para a França.

“Mas, nós brasileiros também temos o mesmo direito. Nós também podemos comprar de quem nós quisermos. Não é justo alguém nos tratar dessa forma”, frisou ao citar a Lei da Reciprocidade.

Ainda em suas redes sociais, o governador de Mato Grosso sugeriu um “boicote” brasileiro ao Carrefour e ao Atacadão, pontuando que ele mesmo não irá mais comprar nas lojas da gigante do varejo.

“Se o Brasil não serve para vender carne para eles, então eles não servem para vender produtos franceses e, até, porque não dizer, essa empresa não deveria ser bem vista aqui no nosso país. A partir de agora quero dizer a esse diretor geral do Carrefour, do Atacadão, que eu como cidadão não vou mais comprar nas lojas deles. E acho que todos nós brasileiros, para honrar o nosso país, devemos pensar em dar a este Carrefour e ao Atacadão o mesmo tratamento que eles estão dando ao nosso país”, finalizou.


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