O Programa Boi na Linha entra a partir de 2025 em uma nova fase e com novos critérios. Segundo a coordenadora de projetos do programa Louise Nakagawa, o principal intuito da ação é harmonizar esses critérios, que envolvem monitoramento, auditoria, inibição de venda de gado de origem desconhecida, entre outros, para que todos os envolvidos usem uma mesma metodologia, um mesmo parâmetro.
Nascido de um esforço conjunto, por iniciativa do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), o programa visa fortalecer os compromissos sociais e ambientais do setor produtivo da carne bovina na Amazônia e impulsionar sua implementação.
A ação conta hoje com 118 frigoríficos signatários Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Carne foi criado em 2009 pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Hoje nós temos 12 critérios, mas a partir de 1º de janeiro entra em vigor a versão 2.0 do projeto e dois novos critérios, que são propriedades auxiliares e territórios quilombolas”, conta Louise Nakagawa, entrevistada desta semana do programa Estúdio Rural, do Canal Rural Mato Grosso.
Conforme ela, muitos frigoríficos já faziam o monitoramento de territórios quilombolas. “Então, a pedidos desses frigoríficos, decidimos trazer esse critério para dentro do protocolo de monitoramento”.
No que tange aos desafios, a coordenadora de projetos do Boi na Linha, elenca dois como os maiores: uma base de dados robusta e contínua e a regularização ambiental e fundiária.
No último dia 23 de outubro foi realizado em Cuiabá, capital mato-grossense, a 2ª edição do Diálogos Boi na Linha. O evento trouxe o aprofundamento de discussões sobre a evolução do programa, que existe desde 2019.
“O principal objetivo do Diálogos Boi na Linha, quando ele foi criado no ano passado, era justamente criar esse ambiente, esse espaço de diálogo e construção coletiva para olharmos para além das dificuldades, dos desafios do produtor, dos gargalos e barreiras, entre outros e buscarmos caminhos e formar e soluções possíveis para endereçar essas questões todas e não só desmatamento”.
A escolha de Cuiabá para a edição deste ano, pontua a coordenadora de projetos do Programa Boi na Linha, “era justamente convidar esses diferentes atores dos elos da cadeia de valor da carne para olhar para um objetivo comum e ver como transformarmos esses limões em uma limonada”.
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