MAPEAMENTO

Estudo avalia maturidade microbiológica dos solos voltados para plantio de soja no Cerrado

Primeira fase da pesquisa já mapeou mais de 27 mil hectares em sete sistemas diferentes de cultivo

estudo solos cerrado
Foto: Biome4all/Divulgação

A maturidade microbiológica dos solos voltados para o plantio de soja no Cerrado passa por um estudo. A pesquisa visa auxiliar os produtores a melhorarem a sua produtividade, bem como monitorar e comprovar a melhoria da saúde do solo.

A pesquisa no bioma é liderada pela startup biotech Biome4all, que faz parte do projeto Agro Bioma Brasil.

Na primeira fase do levantamento foram mapeados 27.150 hectares em sete sistemas diferentes de cultivo (soja, milho, soja-trigo, soja-algodão, cana de açúcar, café, mata nativa e eucalipto), sendo 50,3% em áreas do Cerrado.

Na próxima etapa da pesquisa o foco será identificar padrões de cultura e regiões. O processo de levantamento nesta etapa será realizado em três fases, considerando os três ciclos de cultivo, de modo a identificar a evolução do solo no período e proporcionar novos insights aos produtores ao longo do projeto.

“A comprovação da saúde do solo é importante, inclusive, para pleitear títulos de crédito como a Cédula de Produto Rural (CPR Verde), concedida pelo governo para quem adota práticas sustentáveis”, pontua o sócio-fundador da Biome4all, Leonardo Gomes.

A startup comenta que na primeira etapa do Agro Bioma Brasil, os participantes obtiveram insights importantes sobre os respectivos cultivos contribuindo não só com a melhoria da qualidade do solo, mas também com a eficiência produtiva e a recuperação de áreas degradadas.

“Há um potencial enorme para o aumento de produtividade de forma sustentável no Cerrado. Queremos contribuir com este crescimento, dando todo suporte aos produtores na adoção de manejos regenerativos e na construção da saúde do solo, por meio dos resultados microbiológicos do solo”, destaca o biólogo e diretor de tecnologia da B4A, Robert Freitas.

Ainda de acordo com Robert Freitas, os insights gerados a partir desse trabalho têm ainda um impacto direto na sustentabilidade da operação na fazenda, com o potencial de contribuir com a redução do desmatamento deste bioma.

“Existem levantamentos que mostram que as áreas do Matopiba, região que se estende por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, são as mais vulneráveis à ampliação do cultivo de soja por meio da conversão de mata nativa. Por esse motivo, um projeto focado nessa região é tão importante tanto para produtores quanto para a sociedade”.


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