Auxiliar nas tomadas de decisões e no avanço do cooperativismo mato-grossense. Estes são alguns dos objetivos do Observatório do Cooperativismo e do anuário lançados recentemente pelo Sistema OCB-MT.
Segundo Tainá Heinzmann, gerente geral da OCB-MT, o Observatório do Cooperativismo surge para ser um centro de inteligência de informações do cooperativismo do estado e conta com três vertentes: inteligência de dados, inteligência de mercado e uma terceira inteligência focada em análises diagnósticas e preditivas para o futuro.
Entrevistada do programa Estúdio Rural deste sábado (28), a gerente geral da OCB-MT pontua que toda uma esteira de divulgação foi construída, sendo neste primeiro momento com o lançamento do anuário.
“É a primeira grande frente. Vamos lançar outras focadas em inteligência política econômica, com cartilhas e informativos técnicos que já foram realizados antes mesmo do Observatório nascer. Já temos alguns materiais de inteligência de mercado que estão na esteira de outubro e novembro”, conta.
Para o próximo ano está prevista a entrada da inteligência de dados, que será composta por simuladores e calculadoras.
Anuário da OCB-MT mostra consolidação
Conforme Tainá, os números trazidos pelo anuário mostram a consolidação do cooperativismo no estado.
O anuário mostra que em 2023 o faturamento das cooperativas no estado fechou em R$ 40 bilhões, o que representa quase 20% do faturamento corrente do PIB de Mato Grosso.
“Já é bem expressiva a participação das cooperativas no estado”.
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Ao se analisar os dados da agropecuária, destaca a gerente geral da OCB-MT, os números são ainda mais expressivos. Segundo ela, 47% de toda a produção de soja e milho hoje vem das cooperativas. Quando se olha para o algodão é ainda maior: 55%.
“Então, é um número expressivo. Metade da produção de grãos e fibras hoje no estado vem das cooperativas, mostrando a importância não somente econômica, mas social delas”.
Entre os dados trazidos pelo anuário ainda no setor do agronegócio, está a consolidação das cooperativas para o pequeno produtor e pequeno empresário.
“Para se ter uma noção, 73% das cooperativas são constituídas por até 200 cooperados. Ou seja, para aquele pequeno empresário, pequeno produtor e no campo esse número se consolida ainda maior. [Em Mato Grosso] 85% das propriedades são até 400 hectares. Consolida a importância das cooperativas para a sustentabilidade do pequeno produtor, do pequeno empresário aqui no estado que não conseguiriam se manter se não fosse através delas”.
Outros dados que também chamam a atenção são quanto aos custos e comercialização. A gerente geral da OCB-MT comenta que em relação aos custos, por meio das cooperativas, os produtores conseguem reduzir em cerca de 15%.
“Pode parecer pouco, mas não é pensando em quanto está competitivo o agro. 15% é muita coisa pensando em um ano em que a rentabilidade está apertada, como esse ano. E para a comercialização esse número é um pouco maior. É 18% que consegue vender com aumento de preço quem está vinculado à uma cooperativa. Então, o número gira entre 15% e 20% de oportunidades a mais seja no custo, seja na hora da venda”.
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