O custo operacional efetivo (COE) para a safra 2024/25 de soja apresentou queda de 1,33% em relação ao ciclo passado. Contudo, a temporada que será plantada em Mato Grosso a partir de setembro segue causando preocupação aos produtores, uma vez que os preços da saca de 60 quilos seguem baixos e há incertezas quanto a rentabilidade.
Dados do Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso (Acapa-MT) Safra 2024/25, realizado pelo Imea e o Senar-MT, levantados no mês de abril sobre o COE, mostram que o produtor deverá desembolsar R$ 5.558,59 para semear um hectare. O montante é inferior aos R$ 5.633,70 do ciclo passado.
Na variação mensal o COE exibiu queda de 1,23% em reação a março, puxado pelo decréscimo de e 2,79% nas despesas com defensivos e macronutrientes de 2,15%.
O decréscimo na variação entre as safras 2024/25 e 2023/24 é puxado, principalmente, por fertilizantes e corretivo e defensivos, que fazem parte do pacote do custeio.
As projeções atuais estimam um custeio de R$ 4.209,69, abaixo dos R$ 4.124,47 do consolidado da 2023/24.
Nas sementes a previsão é de R$ 666,30 o desembolso por hectare na safra 2024/25 de soja, enquanto na passada foi de R$ 668,37. Fertilizantes e corretivos de R$ 1.805,00 para R$ 1.724,76 e defensivos de R$ 1.304,81 para R$ 1.288,38.
Conforme o levantamento, o recuo só não foi maior visto pontos como mão de obra, manutenção e impostos e taxas terem apresentado alta no período. Os custos com mão de obra saltaram de R$ 150,46 para R$ 207,13 por hectare, enquanto manutenção de R$ 197,25 para R$ 263,44 e impostos e taxas de R$ 207,89 para R$ 233,86.
“Desse modo, analisando os pontos de equilíbrio em reais por saca e saca por hectare, nota-se que até o momento, a margem do produtor modal está apertada. Sendo assim, para que o sojicultor cubra os custos é necessário que negocie a sua soja a pelo menos R$ 95,89 a saca ou alcance produtividade mínima de 55,71 sacas por hectare na safra”, destaca o Imea.
O Instituto ressalta ainda que, “até o momento, a safra no estado é desafiadora e o produtor deverá se atentar às oportunidades do mercado para poder minimizar os riscos na temporada 2024/25”.
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