EM 2024

Cerca de 20 t de defensivos agrícolas ilegais em MT são enviadas para incineração

Os insumos oriundos de adulteração, contrabando e falsificação foram apreendidos em operações da Polícia Civil e do Mapa

defensivos
Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso

Quase 20 toneladas de defensivos agrícolas ilegais apreendidos nos primeiros meses de 2024 em Mato Grosso serão destinadas para incineração. O volume é considerado o segundo maior coletado entre os estados brasileiros neste ano.

Os insumos oriundos de adulteração, contrabando e falsificação foram apreendidos em operações da Polícia Civil e Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do estado.

A ação é coordenada pela CropLife Brasil (CLB) e, de acordo com a Associação, os produtos serão acondicionados em toneis de aço e lacrados para transporte seguro até uma usina devidamente certificada e capacitada para essa finalidade. O destino não é revelado por questões de segurança.

Prejuízos superam os R$ 20 bi no Brasil

O uso de insumos agrícolas ilegais impacta negativamente o agronegócio. Dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), divulgados no final do ano passado, revelaram que o Brasil teve um prejuízo aproximado de R$ 20,8 bilhões em perda de arrecadação com impostos e danos causados ao setor produtivo por contrabando e pirataria de defensivos químicos.

De acordo com levantamento da CropLife Brasil, o número de apreensões e destinações mais que dobrou nos últimos quatro anos: de 301 toneladas em 2020/2021 para 813 toneladas em 2022/2023. Apenas em 2023, a entidade destinou para incineração 390 toneladas de produtos ilegais e, nos últimos quatro anos, esse número ultrapassou um mil de toneladas.

A destinação correta de produtos apreendidos por autoridades públicas brasileiras é realizada pela Associação, por meio de acordo desde 2020.

“Parcerias com órgãos fiscalizadores, como Mapa e Ibama, e de repressão, como a Polícia Rodoviária Federal e as polícias dos estados, garantem a destinação correta dos produtos apreendidos, que deve ser realizada sempre por incineração, em usinas certificadas e capacitadas para esse tipo de serviço, para que não haja riscos ao meio ambiente e à saúde humana”, explica Nilto Mendes, gerente de uma área específica responsável pelo combate à produtos ilegais na CropLife Brasil.

O presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, reforça que “é extremamente importante que o produtor esteja ciente dos riscos que o uso de insumos ilegais no campo traz, tanto para a saúde de quem os maneja, quanto para quem consome o alimento cultivado com esse tipo de produto, sem mencionar o prejuízo econômico que esse tipo de crime acarreta para a economia brasileira. Por isso, além de conscientizar o produtor rural, apoiamos os agentes de fiscalização e as forças de segurança nacionais”.


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