Representantes da Aprosoja-MT, Abiove e Anec se reuniram na última sexta-feira (10), em Cuiabá (MT), para o primeiro encontro de um grupo de trabalho para discutir a Moratória da Soja.
O pacto foi criado em 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) e restringe a compra da soja produzida em áreas do bioma Amazônia desmatadas após 2008, mesmo que a abertura tenha sido feita de maneira legal.
A reunião foi realizada na sede da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), após requerimento da deputada federal Coronel Fernanda (PL/MT).
Presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, destacou durante a reunião que a entidade sempre buscou o diálogo para solucionar a questão da moratória. Ele destacou ainda que o acordo interfere diretamente no direito à propriedade, pois essas empresas comercializam mais de 90% da soja em Mato Grosso.
“A nossa entidade sempre busca o diálogo primeiro, então, estamos dialogando, dando espaço para que eles poderem se defender, de fazer as suas alegações. Mas, de toda forma, o nosso trabalho é para acabar com a moratória. Nós não temos muito tempo a perder, pois o produtor está tomando prejuízo e há uma grande injustiça com nossos agricultores”.
Na ocasião, a deputada federal Coronel Fernanda, ressaltou que propostas foram apresentadas para a Abiove e Anec com objetivos de curto e médio prazo.
A parlamentar considerou a reunião em Cuiabá “importante, porque todos juntos, com um único objetivo, começamos a derrubar a questão da Moratória da Soja. Tivemos aqui três propostas apresentadas para as duas associações, Anec e Abiove, e no dia 12 de julho os seus representantes nos darão um retorno sobre elas”.
Apesar do avanço no debate sobre a moratória da soja, o vice-presidente Norte da Aprosoja-MT e presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, salientou que ainda “há entraves por parte das duas associações”.
Ilson Redivo lembrou que é importante os produtores se manterem mobilizados e destacou que o governador Mauro Mendes tem sido incisivo contra esse acordo comercial.
“O diálogo nunca pode terminar. Acredito sempre que um bom acerto é melhor do que uma boa demanda, e é o que a gente está procurando fazer. Nós estamos dialogando com as entidades, com a Abiove principalmente, no sentido de buscar em conjunto soluções que contemplem as duas partes”.
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