COP 28

Governador de MT critica países desenvolvidos que ainda emitem grande quantidade de carbono 

Durante a conferência Mauro Mendes destacou a produção e a sustentabilidade no estado

Crédito - Jana Pessôa/Unaf
Crédito - Jana Pessôa/Unaf

Na manhã desta segunda-feira (4), durante a 28ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) – COP 28 – o governador Mauro Mendes afirmou que Mato Grosso tem sido exemplo mundial ao aliar a produção de alimentos em larga escala com a preservação ambiental. Isso porque, países ricos têm aumentado o consumo de carvão, que é uma das principais causas das emissões de carbono. 

Mendes participou de um painel com o tema “Transição econômica para a Amazônia: desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões”, junto aos demais governadores dos estados que compõem a Amazônia brasileira.

“A queima de carvão nas térmicas ao redor do planeta é um dos principais ofensores para a emissão dos gases do efeito estufa. Mas no ano passado a queima de carvão do mundo aumentou e continua aumentando ao longo desses 30 anos”, criticou.

Para o governador, muitas das críticas dos países ricos ao Brasil são infundadas. “É mais fácil nos criticar, criticar o Brasil, criticar a todos nós que estamos preservando mais de 60% do nosso território. Não podemos aceitar que o mundo aponte o dedo pra nós quando grande parte do mundo não está fazendo sua parte”, destacou.

Como exemplo da preservação, Mauro Mendes citou que o estado reduziu o desmatamento em mais de 80% nos últimos 20 anos.

“Todo esse trabalho de preservação está alinhado com as políticas da ONU. A estabilidade do clima é fundamental para a produção de alimentos e para a segurança alimentar do planeta. E somos um dos maiores produtores de alimentos do mundo”, disse.

O governador pontuou que o Brasil e Mato Grosso precisam assumir “o papel de potência ambiental”.

“Nós somos um exemplo para o mundo e muitas vezes somos transformados em vilões. Temos que assumir esse papel de potência ambiental. É a única região do planeta que pode, nos próximos anos, nas próximas décadas, produzir alimentos acima do crescimento da demanda mundial”, relatou.


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