Produção de ponta, com sustentabilidade, em uma área de transição entre a caatinga e uma zona de mata com clima seco. A criação de gado Guzerá, raça com mais de cinco mil anos de pureza racial, vem se destacando em meio ao sertão da Bahia.
Neste episódio 11 do Prosa com o Deva, Devanir Ramos visita a Fazenda Gravataí e Haras Alter do Chão, que acumula 50 anos de dedicação ao agronegócio em Piritiba, na Bahia.
Com a sede construída em 1899 pelo pai, o criador Firmino Sampaio comenta que a sua criação é motivo de orgulho. Ele, que faz parte do Núcleo Base Bahia – Sergipe, da ABCZ, também é criador de equinos da raça Mangalarga Marchador.
“Essas fazendas que eu tenho eram do meu avô em 1969 e a fazenda principal, que sedia o meu criatório Guzerá, é uma fazenda cuja sede foi construída pelo meu pai em 1899. Ela é uma propriedade na zona da mata, mas com um clima mais seco”.
Conforme Sampaio, o plantel é misto. Não há animais muito pesados.
“O meu é um animal que já tem uma mistura com plantel de outras áreas. Não é aquela coisa de um cruzamento fechado. É muito aberto para que a gente possa produzir animais que tenham dupla finalizada: leite e carne.”
Clima e criação do Guzerá
O criador comenta que é preciso entender o microclima da região para associar o que se pode produzir em determinado espaço.
“Na área de transição, aqueles climas mais secos é mais engorda, clima menos seco é cria e recria. E o mais frio a gente concentra os animais de origem europeia com o Guzerá”.
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