A abertura de mercado para o gergelim, arroz, sorgo e feijão produzidos em Mato Grosso faz parte da agenda da missão comercial realizada nesta semana na China. Hoje, o país asiático é principal consumidor das commodities mato-grossenses, sendo responsável por mais de 60% das aquisições.
A missão comercial é liderada pelo governador Mauro Mendes, conta com a presença de lideranças políticas do estado e representantes dos setores produtivo e industrial.
Durante a viagem entidades do setor produtivo e industrial participaram de diversas reuniões com potenciais parceiros chineses, em especial para a liberação da exportação de gergelim, arroz e sorgo, bem como o aumento da habilitação de plantas frigoríficas de carne.
Uma delas foi com a equipe da General Administration of Customs of the People’s Republic of China (GACC), uma espécie de órgão do Governo Chinês que regula e autoriza a importação de produtos com acordos fitossanitários.
Para o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Afrânio Migliari, a reunião com o GACC foi positiva.
“Nós estamos lutando para a entrada de nossos produtos aqui, e eles agora estão liberando a importação de gergelim e nessa conversa com a GACC, o governador Mauro Mendes apresentou dados da produção agrícola do estado, sugeriu parcerias e o interesse de Mato Grosso em ampliar a gama de produtos exportados para China”.
A reunião contou também com a presença do Instituto Mato-grossense do Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir-MT) e do Instituto Mato-grossense de Carne (IMAC).
Novo porto de Hainan
Ainda durante a missão comercial na China, uma visita ao novo porto na província de Hainan foi realizada pela comitiva de Mato Grosso. A província é conhecida por seu porto livre de comércio e por ser o único deste regime na China. Na ocasião uma reunião com autoridades locais foi realizada na prefeitura de Haikou.
O diretor-executivo da Aprofir, Afrânio Migliari, destaca que o governo central chinês vem investindo fortemente na região de Hainan, principalmente em seu parque tecnológico e com o objetivo de colocar em pleno funcionamento o porto de livre comércio de Hainan até 2025.
“Diferente de Macau, o governo quer transformar aqui em uma zona de livre comércio portuária, com a instalação de centros de pesquisas, startups, investimentos nas áreas de processamento de alimentos, e aí entra a nossa soja, milho, feijão, gergelim e demais culturas que Mato Grosso tem, além da carne que ficaram muito interessados. E por isso, eles estão buscando trazer para cá investidores de todos os portes e que se consolidem nesta futura grande área portuária de uma zona franca aqui em Hainan”.
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