A demanda interna pelo milho na safra 2023/24 deve registrar novo recorde, impulsionada, principalmente, pelas usinas de etanol. Contudo, segundo o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, mesmo com tal aumento, o Brasil seguirá dependente das exportações volumosas do cereal.
A projeção sobre a temporada 2023/24 de milho foi destacada durante a segunda live da oitava temporada do projeto Mais Milho, realizada pelo Canal Rural na última sexta-feira (20).
De acordo com Molinari, em 2023 o consumo de milho por parte das usinas de etanol deve ficar em cerca de 14,5 milhões de toneladas, enquanto para o próximo ano entre 18 milhões e 19 milhões de toneladas.
“Nós temos fábricas novas que estão entrando em operação para o etanol, que foram fábricas que começaram em 2023 e agora vão entrar na fase de produção full no ano que vem”.
Margem operacional das usinas de etanol de milho
Molinari destacou ainda durante a live do projeto Mais Milho, que a demanda internacional por açúcar deve impactar no preço do etanol, o que para as usinas produtoras do biocombustível pode auxiliar na margem operacional.
“Os moinhos de cana-de-açúcar estão dedicando a produção para o açúcar e isso pode fazer com que o etanol brasileiro acabe subindo de preço, o que ajuda as usinas de etanol de milho na alavancagem de margens operacionais com o etanol”.
Ainda conforme Molinari, o consumo do cereal voltado por parte da avicultura e suinocultura deve seguir aquecido. Entretanto, no que tange a bovinocultura pode haver redução, visto a previsão de em 2024 o gado permanecer mais tempo no pasto.
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