O custo de produção do milho alta tecnologia na safra 2023/24 em Mato Grosso apresentou queda de 1,15% em setembro ante agosto. A retração é pautada, principalmente, pelo recuo no custo com defensivos e macronutrientes, que apontaram recuo de 2,66% e 2,04%, respectivamente. Contudo, o preço pago pela saca de 60 quilos não cobre tal gasto, o que deixa a temporada ainda desafiadora.
Os dados são do Projeto Rentabilidade Senar-MT, elaborados em parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o levantamento, o custeio da cultura ficou estimado em R$ 3.305,31 por hectare em setembro.
No que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE) este ficou projetado em R$ 3,391,82 por hectare, declínio de 0,98% no comparativo mensal.
Safra 2023/24 de milho segue desafiadora
As projeções para a safra 2023/24 apontam para uma área de 7,281 milhões de hectares a serem plantados em Mato Grosso, recuo de 2,81%. Em termos de volume se espera uma produção de 45,369 milhões de toneladas, queda de 13,59% ante a safra 2022/23.
Tais perspectivas de retração em área e produção, além da produtividade em 11,09%, são decorrentes, principalmente, ao alto custo de produção e baixa remuneração pela saca de 60 quilos.
O Imea, em seu semanal sobre a cultura divulgado ontem (16), pontua que “Apesar da redução, o cenário nesta safra segue desafiador, uma vez que o preço comercializado do cereal no estado não cobre as despesas. Por fim, considerando a produtividade do ciclo em 103,85 por hectare, é necessário que o produtor negocie o grão a pelo menos R$ 43,44 a saca para conseguir cobrir do seu COE”.
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