O agronegócio é um setor econômico vasto. Muitas são as dores e dúvidas e que se enxergadas podem virar oportunidades de empreender, principalmente no que tange a capacitação daqueles que atendem ao produtor rural, como bancos e revendas, quanto em relação a gestão financeira das propriedades.
Oportunidades e visões diante das dores e dúvidas do agronegócio brasileiro, em especial o mato-grossense, são o foco do bate-papo do programa Direto ao Ponto desta quarta-feira (11) com Ângelo Ozelame, cofundador da Escola Agro e Lucro Rural.
As duas plataformas, conforme Ângelo, surgiram após a percepção de necessidades apresentadas pelo setor produtivo e de empresas com foco no atendimento ao produtor rural.
A Escola Agro é voltada para a capacitação de pessoas de modo que as ajudem a compreender a realidade do produtor rural, orientá-lo e oferecer com confiança as melhores estratégias de negócio. Com aulas online, a Escola Agro já capacitou mais de sete mil pessoas no Brasil.
“[Quando eu estava] no Imea a gente via muitas pessoas nos chamando para dar palestras, principalmente para explicar o básico do agro. Quando falo o básico é ciclo produtivo, como funciona um fluxo de caixa de um produtor rural, como que conversa com um produtor rural, como que eu faço as perguntas para entender a propriedade e fornecer os melhores produtos e serviços”, conta ele.
Uma espécie de “MBA”, os conteúdos da Escola Agro contam com vídeos curtos entre sete e oito minutos.
“A pessoa vai entender o dia a dia do produtor. A gente não chega em pontos técnicos específicos, mas o geral a gente consegue fazer para que ele consiga chegar e conversar com o produtor”.
Gestão da porteira para dentro e para fora
Plataforma mato-grossense especialista em Gestão Financeira Agro, presente em cerca de 15 estados, a Lucro Rural ficou entre as 12 melhores startups de todo o Brasil no programa Like a Boss no Startup Summit 2023, promovido entre os dias 23 e 25 de agosto pelo Sebrae, em Florianópolis (SC).
A plataforma foi outra oportunidade de empreender enxergada por Ângelo enquanto ainda estava no Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Ele conta que uma vez produtores rurais da mesma região, com a mesma estrutura societária, de máquinas e produtividade procuraram o instituto com duas situações distintas: um não conseguia pagar as dívidas e outro querendo comparar uma fazenda.
“E, isso me intrigava muito se eles são iguais dentro da porteira. E antes de começar a Lucro Rural, a gente estudou muito, fez uma pesquisa de campo bem interessante e descobriu o porquê. E a gente foi perceber que os produtores que estavam prontos para comprar a propriedade eram produtores que botavam mais tempo [dedicado] para fora da porteira. Eles botavam mais tempo da cabeça deles no comercial, no financeiro e no fiscal tributário. E quando olhamos no mercado, vimos que não tinha nenhum software para ajudar o produtor nessas etapas, pois quando se vai para dentro do escritório do produtor vemos que é um pouco mais complexo”.
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