A presença da cigarrinha do milho nas lavouras brasileiras está em “alerta alaranjado”. O aviso do engenheiro agrônomo e pesquisador da Fitolab, Paulo Garollo. Segundo ele, não chegou ao nível vermelho devido em alguns estados o índice de infectividade não ainda não ter atingido o pico máximo.
Garollo foi o primeiro entrevistado da Live Mais Milho, realizada pelo Canal Rural Mato Grosso na noite desta quinta-feira (28). A live integra a oitava edição do projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural, pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
O engenheiro agrônomo frisa, assim como demais especialistas e lideranças do setor produtivo, que o combate a presença de plantas voluntárias de milho no campo é essencial neste início de safra para diminuir as chances de sobrevivência e multiplicação da cigarrinha. Garollo ressalta que o inseto vetor de patógenos ameaça o desempenho das lavouras do cereal.
“Ano passado na safrinha o nível de infestação foi menor, mas por alguns índices terem contribuído para isso. É uma soma de fatores para a redução da praga. Mas, o produtor não pode descuidar. Ela é de rápida infestação”.
Garollo explica que se a cigarrinha do milho encontrar um hospedeiro no milho tiguera ela se prolifera. Ele conta que esteve recentemente no Paraná e a preocupação com a alta presença da cigarrinha do milho entre os produtores é grande, pois por lá a presença do milho primeira safra entre as lavouras é significativa.
Milho tiguera é a fonte de sobrevivência
“Não podemos baixar a guarda. Não é só o milho tiguera o hospedeiro chave da praga. É a perpetuação dos agentes causais. O milho tiguera é a fonte de sobrevivência, porque os agentes causais são chamados de parasitas obrigatórios. Eles só conseguem sobreviver dentro de plantas vivas. O manejo de cigarrinha não se faz com uma única ação”.
Conforme Garollo, em uma tentativa de reduzir a incidência de cigarrinha do milho no Paraná uma lei foi criada na qual o produtor que não controlar a presença de milho tiguera será multado.
Biológicos são adicionais
Ainda segundo o especialista, o manejo com biológicos é essencial, pois estes são componentes adicionais a ele.
“Dificilmente eu realmente vou ter eficiência de manejo somente com produtos químicos. O que interessa no biológico é o quanto ele agrega no manejo”.
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