Em meio a Floresta Amazônica, a fazenda Jatobá protege uma grande e importante árvore, que dá espaço para práticas de manejo florestal sustentável. Parte dessa propriedade se encontra dentro do bioma amazônico, onde a legislação exige que 80% da área seja destinada à reserva legal. Nela, tal valioso patrimônio natural é explorado de forma responsável e consciente, na qual apenas em árvores maduras e de valor comercial.
O manejo sustentável na exploração de florestas nativas segue como tema do episódio 30 do MT Sustentável desta semana.
O abate das árvores segue critérios rigorosos, incluindo a direção controlada da queda para evitar danos às espécies menores, assim como a retirada cuidadosa das toras. Os carreadores, utilizados para o transporte das toras, são construídos para causar o menor impacto ambiental possível.
Identificação geográfica
Cada tora extraída é devidamente identificada e numerada. Thiago Fabris, proprietário da fazenda, explica que essa numeração acompanha a madeira até o consumidor final.
“O comprador que desejar conhecer a localização geográfica da árvore pode rastreá-la através do número de identificação. Esse número funciona como um CPF ou RG da tora e permite rastrear sua origem, o proprietário, o CNPJ e outras informações relevantes”, destaca Fabris.
Por esse motivo, o toco da árvore permanece na floresta, servindo como uma etiqueta de identificação. Na fazenda Jatobá, há uma serraria própria, que é responsável por processar 80% das toras para atender tanto o mercado brasileiro quanto o mercado internacional.
Fabris revela que os principais destinos da madeira serrada são regiões próximas e o sul do país.
“Atualmente, o mercado das toras está concentrado em regiões próximas, como Sinop, Vera, Feliz Natal e Gaúcha do Norte. Quanto à madeira serrada, abrangemos um pouco mais em nível nacional, enviando para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também vendendo para empresas que realizam a exportação”.
Manejo florestal sustentável
Dos 9,7 mil hectares da fazenda Jatobá, uma parte significativa é destinada ao plano de manejo florestal sustentável, implementado há sete anos. A área é dividida em talhões para permitir um sistema de rodízio, garantindo que cada área explorada no momento, só possa ser utilizada novamente daqui a 25 anos. Esse tempo é necessário para a regeneração completa da mata e o surgimento de novas árvores.
Além disso, Thiago Fabris é engenheiro agrônomo, e explica os benefícios de um manejo adequado para a floresta.
“Essas árvores maduras estão em uma floresta estagnada em relação à fixação de CO2. Ao abatê-las, criamos clareiras que permitem o desenvolvimento das árvores menores, que desempenham a importante função de transformar CO2 em oxigênio. Uma floresta estagnada não tem função alguma”.
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*Sob supervisão: Viviane Petroli
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