Assim como no mercado disponível, os preços futuros dos grãos e da fibra preocupam os produtores em Mato Grosso quanto as negociações da safra 2023/24. Somente o milho apresentou uma queda de 21,37% em maio no comparativo com abril.
Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira (12), as vendas antecipadas da safra 2023/24 de milho no estado chegaram a 3,71% da produção prevista em maio. O percentual está abaixo dos 10,30% verificados no mês em 2022 para a temporada 2022/23 e dos 10,97% para a média dos últimos cinco anos.
Na variação mensal, as negociações antecipadas da safra do cereal que começará a ser plantada em janeiro de 2024 registraram avanço de apenas 0,66 ponto percentual.
“Esse menor apetite nas vendas está atrelado aos recuos significativos nos preços, fazendo com que os produtores diminuam o interesse em “travar” novas negociações, focando apenas na safra 22/23. Assim, o preço médio de maio de 2023 ficou em R$ 32,78 a saca, queda de 21,37% ante a abril”, explica o Imea sobre o milho.
Queda em Chicago afeta venda da soja em Mato Grosso
A queda do preço futuro da soja em Chicago, somada as incertezas quanto ao pacote tecnológico e a produção da safra 2023/24, tem levado o produtor em Mato Grosso a agir com cautela. Até o momento foram comercializados 12,09% da produção da oleaginosa prevista para o estado.
O percentual negociado antecipadamente da safra futura, segundo o Imea, representa um avanço mensal de apenas 2,64 pontos percentuais. Ao se comparar com as vendas do ciclo 2022/23 as mesmas estavam em 24,37% em maio do ano passado. A média dos últimos cinco anos é de 27,86%.
“Em relação ao valor médio da comercialização da soja, esse apresentou queda mensal de 9,80%, ficando em R$ 103,80 a saca”, traz o Imea.
Preço médio da pluma em maio foi abaixo de R$ 140
No que tange a pluma de algodão a comercialização da safra 2023/24 atingiu a marca de 18,91%. O volume negociado antecipadamente está aquém dos 38,17% do ciclo 2022/23 nesta época e dos 36,36% da média dos últimos cinco anos. Na variação mensal de maio ante abril o avanço foi de 4,80 pontos percentuais.
“Esse panorama é justificado pela falta de fundamentos, a curto prazo, que indiquem alta no preço da fibra, o que tem estimulado novos negócios, com isso o preço médio comercializado no mês ficou em R$ 136,75 a arroba. Por fim, cabe ressaltar que as negociações seguem atrasadas em relação às últimas safras, que somada a queda no preço da fibra, é um ponto de atenção para os produtores que precisam travar o seu custo para a safra 2023/24”, destaca o Imea.
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