A tecnologia e a pesquisa voltada para a segunda safra, sistema de integração e a medição de efeito de gás de efeito estufa são alguns dos destaques da quarta edição da Norte Show, em Sinop. A feira neste ano conta com mais de 300 expositores e espera um público de aproximadamente 50 mil pessoas.
A Norte Show teve início nesta terça-feira (18) e segue até sexta-feira (21) em Sinop, capital do nortão de Mato Grosso.
A feira neste ano apresenta um aumento em 15% no número de expositores e as projeções, segundo o presidente da presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Moisés Debastiani, é que o volume de negócios passe dos R$ 4 milhões.
Em meio aos mais de 300 expositores desta edição está a Embrapa Agrossilvipastoril, que conta com uma área no Parque de Exposição da Acrinorte, com apresentações de pesquisas e tecnologias voltadas para o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, sistema agroflorestal, opções de segunda safra, além de um laboratório para medir a produção de gás de efeito estufa.
Somente no espaço voltado para o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, sistema agroflorestal são dois campos tecnológicos, que juntam 12 opções de plantas forrageiras, que consorciadas com leguminosas podem oferecer excelentes resultados para quem precisa de pastagens para alimentar o gado na entressafra.
“Como as leguminosas tem a capacidade de fixar biologicamente nitrogênio, isso permite maior aporte desse nutriente no solo e o capim vai poder aproveitar e crescer mais tendo no total maior quantidade de massa”, explica Arthur Behling Neto, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Opções de 2ª safra podem trazer mais rentabilidade
A Embrapa conta hoje com um amplo portfólio de consórcio de soluções tecnológicas para a segunda safra. Além de excelentes opções de diversificação, a dobradinha, pontuam os especialistas, também pode melhorar a produtividade e a rentabilidade da propriedade.
“Tem o mix de cobertura para o plantio direto, também opções do Sistema Gravataí, opções como a própria cultura do arroz, do feijão caupi, do gergelim, o sorgo. Então, dentro dessa gama de espécies que a gente trabalha, junto com outras unidades da empresa, nós fizemos algumas demonstrações para o produtor conhecer esses materiais”, comenta o analista da Embrapa Agrossilvipastoril, Diego Barbosa Alves Antônio.
Medição de emissão de gás de efeito estufa
No estande da Embrapa Agrossilvipastoril, na Norte Show, também foi montado um laboratório para medir a produção de gás de efeito estufa. Outra ferramenta da pesquisa para deixar o produtor rural em dia com a atmosfera, através da produção sustentável.
Bruno Rafael da Silva, químico da Embrapa Agrossilvipastoril, explica que a medição é realizada de forma automática por meio de câmaras climáticas e câmaras estáticas.
“Esse resultado é importante para o produtor saber se o sistema que ele está adotando na propriedade é eficiente ou não na mitigação desses gases de efeito estufa. O que a gente avalia, por exemplo, é se a ração fornecida ao animal influência, o quão influência na emissão de gases de efeito estufa na parte respiratória do animal”.
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.