Produtores de soja em Mato Grosso devem estar atentos quanto ao período do vazio sanitário em 2023. No último dia 10 de abril, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 781, que estabelece o período proibitivo de plantio e presença plantas vivas da oleaginosa em qualquer fase de desenvolvimento, que no estado vai de 15 de junho a 15 de setembro.
A medida fitossanitária é uma das mais importantes para a cultura da soja. Ela visa evitar a multiplicação da ferrugem asiática durante a entressafra, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O Ministério da Agricultura alerta aos produtores que, além do cumprimento do período do vazio estabelecido de 90 dias em Mato Grosso, com expressivo aumento das ocorrências da doença na safra 2022/2023 no país, “faz-se necessário um esforço conjunto por parte tanto dos produtores, quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da federação quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional, previstos nos Artigos 9º e 10 da Portaria nº 306/2021“.
O Ministério da Agricultura frisa ainda que “Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção”.
Indea-MT realizará fiscalização nas propriedades
Em Mato Grosso, conforme o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT), na safra 2022/2023 foram cadastradas 13.699 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 10,5 milhões de hectares plantados e o número de 8.220 produtores.
O Instituto reforça que no período do vazio sanitário serão realizadas fiscalizações nas propriedades mato-grossenses, e se necessário coleta amostras para serem analisadas pelo Laboratório de Sanidade Vegetal.
O produtor que descumprir a medida fitossanitária fica sujeito à multa e a realização de destruição das plantas vivas de soja.
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