A fazenda Morada do Sol, localizada no município de Cáceres (MT), tem se destacado por realizar economia circular, através da compostagem de estercos de confinamentos, que são transformados em adubo para a pastagem. Essa economia gera valor a elementos que poderiam ser desprezados no processo produtivo.
A utilização de economia circular de forma sustentável é o tema do episódio 17 do MT Sustentável.
Na propriedade, a produção alcançou 40 arrobas por hectare, apenas neste ano. O empresário e pecuarista Walace Gonçalves, conta que parte da fazenda já foi lavoura de soja e milho, mas após o sucesso na adubação, resolveu transformar tudo em pasto.
“Resolvemos intensificar e colocar essa área total na pecuária. Hoje estamos com praticamente metade da fazenda e a gente faz uma adubação anualmente”, conta o proprietário da fazenda.
O processo da compostagem é realizado por 40% de esterco, 35% de fosforita, 10% de bagaço de cana de açúcar e 15% de gesso. Alguns probióticos também são adicionados para acelerar a fermentação.
Atualmente no confinamento da fazenda são produzidas cerca de 1,8 mil toneladas de esterco por ano. A retirada é realizada de duas a três vezes ao ano, dessa forma dá para ter a dimensão do volume de material que será coletado.
Outras formas de sustentabilidade
Além da compostagem, outro elemento que ganha destaque na fazenda é a água. Há um ano e meio, Walace tem testado um produto que controla a presença de algas na água encanada, mas também percebeu que o mesmo tem ajudado também na emissão de gases pelos animais.
“Esse produto que é o TCP, ele também tinha essa função de melhorar o sistema metabólico do animal, com isso gera redução na fermentação que reduz a eliminação dos gases”, explica Walace.
Contudo, Walace conta que quando a propriedade foi adquirida, a represa e as nascentes que fazem parte dos 1,2 mil hectares de reserva, estavam desprotegidas. O local foi isolado e hoje está totalmente recomposto com espécies nativas da região.
“Nós adquirimos essa propriedade há quase 15 anos. Nós saímos de uma produtividade de cinco arrobas por hectare e levamos ela para 40. O benefício é oriundo de todo esse cuidado com a preservação”, afirma Walace com muito orgulho.
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*Sob supervisão de Viviane Petroli