A quantidade de indústrias de algodão em Mato Grosso deve dobrar até 2024 a partir dos incentivos fiscais. É o que prevê a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). O estado, através do Programa de Incentivo de Algodão do Mato Grosso (Proalmat), pontua a pasta, oferece aos produtores benefícios fiscais para a cotonicultura, com crédito presumido equivalente a 65% do valor do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O secretário da Sedec, César Miranda, destaca que em dezembro de 2022 foi alterada a legislação permitindo que a indústria de fiação tivesse 90% de desconto no ICMS. Além disso, o percentual de contribuição com o Fundo de Desenvolvimento Econômico (Fundes) foi reduzido de 6% para 1%.
“A Sedec está fazendo contato com indústrias, mostrando as vantagens de se investir no estado. Em Mato Grosso está a matéria-prima, ao invés de expandir as fábricas em outros estados”, afirma Miranda.
Para a safra 2022/23 de algodão, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou que a expectativa é colher 4,65 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,94 mil toneladas de pluma, volumes 6,15% e 6,80% superiores aos da safra 2021/22.
Indústrias no estado
Atualmente, são cinco indústrias de fiação que utilizam apenas 2% da produção do algodão colhido no estado. O secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos da Sedec, Anderson Lombardi, explica que cerca de 30% do algodão de Mato Grosso abastece o Brasil. “Contudo, o que fica no mercado interno atende 100% da indústria brasileira. O restante é exportado aos demais países”, explica.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Mato Grosso é o maior produtor de algodão do Brasil e de boa qualidade em cor, resistência, pureza e comprimento da fibra.
Editado por: Ana Moura, de Cuiabá (MT)
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