A safra 2022/23 de soja em Mato Grosso, além do estresse hídrico e anomalia, está sendo marcada pela alta pressão de lagartas. Em algumas propriedades produtores chegam a registrar mais de R$ 500 por hectare em prejuízo entre custo com aplicações e redução de produtividade.
A pressão das lagartas, como falsa medideira, helicoverpa armígera e spodoptera frugiperda (lagarta do cartucho), é o tema desta semana do episódio 66 do Patrulheiro Agro.
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“A pressão das lagartas esse ano está bem maior. Algumas aplicações foram feitas com dose acima de dose de bula para dar uma controlada. Já deu dano na vagem. É custo em cima de custo. Simplesmente tem que amargar o prejuízo”, comenta o produtor de Jaciara, Jorge Diego Giacomelli.
O produtor de Jaciara revela calcular um custo com aplicações de R$ 125 por hectare a mais do que havia programado. “Fora o aumento absurdo que teve nas sementes e esse ano nós tivemos aumento também no custo do royaltie por hectare em torno de 15%”.
Conforme Giacomelli, em termos de perdas, a estimativa é de até duas sacas por hectare diante da danificação das vagens e o que foi comido pelas lagartas. “Isso dá em torno, no valor de mercado, mais uns R$ 240 por hectare perdido. Pode ser a rentabilidade da safra. Coloca R$ 240 que deixa de obter mais uns R$ 125 de custo a mais que não era para ter. Talvez essa seja a rentabilidade. Um lucro que seria nosso no final”.
Manejo de soja convencional na transgênica é adotado
Em Vera, a pressão das lagartas também preocupa os agricultores mato-grossenses nas lavouras de soja transgênica. Para tentar mais eficiência no controle da praga alguns produtores, como Valcir Strapasson, estão adotando o mesmo manejo de aplicação de defensivos usado em soja convencional.
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“Somando tudo hoje dá R$ 500 só de defensivo por hectare e mais o royaltie. Temos que colher no mínimo 47 sacas por hectare para fechar os custos. Você olha a lavoura e está bonita, mas quando abre vai perceber que a metade da vagem está comida”, comenta Strapasson.
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