O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou na segunda-feira (03) a segunda estimativa para a safra 2022/23 de milho em Mato Grosso e manteve a previsão de que as lavouras, semeadas após a colheita da soja, ocupem 7,275 milhões de hectares.
Em comparação com a área semeada na safra 2021/22, o incremento é de 1,80% na média estadual. Destaque para as regiões noroeste, médio-norte e sudeste, onde o avanço previsto é de 3%, 2,12% e 2%, respectivamente.
Considerando o desempenho médio das últimas 5 temporadas, a produtividade média esperada para o ciclo 22/23 é de 104,33 sacas por hectare, 2,05% acima da colhida recentemente. Com isso, a produção projetada chega a 45,5 milhões de toneladas do cereal.
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Baixa oferta do grão eleva preços
De acordo com o Imea, as estimativas de menor oferta mundial do grão para a próxima safra e o aumento da demanda estão sustentando os altos patamares de preços no mercado, que segue estimulando o produtor mato-grossense a aumentar a área destinada à cultura.
Milho tem importante papel econômico no campo
Nesta última safra – apesar dos impactos causados pela estiagem – a produção de milho em Mato Grosso chegou a 43,8 milhões de toneladas, superando pela primeira vez a de soja, que foi de 40,85 milhões de toneladas.
O presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini, explica que o cereal é um importante componente da parte econômica das propriedades rurais. “O milho para o produtor rural, compete, hoje especificamente, com a soja. Tem anos, dependendo da negociação, que a renda da soja é maior que a do milho. Se o produtor conseguir aplicar a tecnologia e fazer um manejo bom, o rendimento e o lucro por hectare é equiparado à primeira safra”, conclui.
*Sob supervisão de Luiz Patroni
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