Em Sorriso, município que mais planta soja no Brasil, o milho tem presença expressiva na segunda safra. O cereal, segundo o Sindicato Rural, ocupa mais de 500 mil hectares. A área equivale a 80% do total cultivado com soja na primeira safra. O percentual, inclusive, supera a média do estado que é de 60%.
De acordo com os agricultores em Sorriso, com a área de soja praticamente limitada, o milho ano a ano vem ganhando espaço e se tornando grande protagonista nas propriedades, principalmente, diante a rentabilidade vista nos últimos anos. “É o que está sustentando o produtor”, diz o agricultor Silvano Felipeto.
Diante da importância do grão, os agricultores adotam estratégias e elaboram o cronograma da fazenda para garantir que o cultivo do cereal – após a colheita da soja – possa ser feito dentro da janela mais apropriada.
“A tendência é essa. Com a vinda das usinas, de um mercado de milho aquecido e dos produtores plantar materiais mais precoces para obter uma produtividade maior na safra de milho também”, comenta o agricultor Thiago Stefanelo.
Riscos e colaboração do clima
Ao mesmo tempo em que a área de milho segunda safra cresce em cima da área de soja semeada em primeira safra, os riscos também aumentam.
“Não adianta o produtor entrar com uma variedade muito precoce e não chover. O produtor tem que tomar suas decisões, tomar suas precauções e tentar errar menos”, frisa Thiago Stefanelo.
Área de milho em Mato Grosso deve crescer 130 mil hectares
A previsão inicial é de que as lavouras de milho em Mato Grosso na safra 2022/23 ocupem 7,28 milhões de hectares, cerca de 130 mil hectares acima da cultivada no ciclo 2021/22, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A extensão é considerada recorde, o que pode auxiliar o estado a colher 45,54 milhões de toneladas, somada perspectiva de produtividade de 104,33 sacas por hectare.
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