MT SUSTENTÁVEL

Fábrica no interior de MT produz biocombustível de fonte renovável e menos poluente

O Brasil é o sexto país com maior frota de caminhões movidos à óleo diesel, no qual é misturado o biodiesel

Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT
Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT

A fábrica de biodiesel a partir de óleos vegetais esta localizada em Lucas do Rio Verde, médio-norte de Mato Grosso. O biocombustível ajuda na redução da emissão de CO2 para a atmosfera e o Brasil, é o sexto país com maior frota de caminhões movidos à óleo diesel, no qual é misturado o biodiesel.

A produção de biodiesel é o tema do episódio 48 do MT Sustentável.

A fábrica de biodiesel da Fiagril produz anualmente 202 milhões de litros do biocombustível. Filas de caminhões com matéria-prima, basicamente óleo vegetal de soja, milho e algodão, podem ser observadas na entrada da indústria.

“A gente pega o óleo vegetal, utiliza alguns produtos químicos, e fazemos uma separação da glicerina, do óleo e o que sobra. O que a gente recombina no processo químico é chamado de éster, ou metil éster que é o nome técnico. Esse metil éster tem carbono, hidrogênio e oxigênio. Ele que é o biodiesel, o combustível que a gente usa nos nossos veículos”, explica o gerente industrial da Fiagril, Luiz Gustavo Gury.

O tempo médio para que um litro de óleo vegetal seja transformado em biodiesel é de aproximadamente três horas. O processo é completamente automatizado.

“A automação do sistema é 100% automatizada, ele garante que as dosagens dos produtos químicos, controle de nível de tanque, tempos de reação, sejam sempre os mesmos durante todo o período do processo produtivo”, comenta Luiz.

Para garantir a qualidade do produto, a fábrica tem um laboratório, acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que trabalha 24 horas por dia analisando tudo o que entra e sai da usina.

A engenheira química Raquel Teruel, diz que desde a matéria-prima até o produto final, tudo é analisado. Inclusive, águas industriais e processos auxiliares.

Resíduos e subprodutos a partir da fabricação do biodiesel

Na fábrica, tudo é aproveitado. O gerente industrial da Fiagril conta que o principal subproduto é a glicerina. Quanto a resíduos, uma pequena quantidade de água ácida.

“O que a gente tem é a geração de um pouco de água ácida, no processo e essa água tem uma estação de tratamento para fazer a reutilização desta água num sistema que tem aqui na fábrica”, comenta Luiz.

O biocombustível fabricado vai para os tanques dos veículos, misturado ao óleo diesel do petróleo. Atualmente a mistura é de 12% e deve chegar a 15% em 2026, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Segundo o diretor de originação e biodiesel da Fiagril, Guilherme Kummer, o setor industrial do biocombustível está fazendo gestão junto ao governo federal para acelerar essa agenda. A pretensão é de que os 15% de mistura ocorram já em 2024.

Alguns estudos têm mostrado que o biodiesel emite 80% menos CO2 do que o diesel de petróleo. Mesmo sendo a menor parte da mistura, faz toda a diferença, considerando que a frota atual é de aproximadamente 2,1 milhões de caminhões, rodando diariamente nas estradas brasileiras.


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