Discutir estratégias de ação para uma produção mais sustentável em Mato Grosso foi um dos objetivos do Seminário do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+ MT). O evento aconteceu nesta terça-feira (21), em Cuiabá, para alinhar as ações do estado com o setor produtivo e conscientizar sobre a importância da sustentabilidade na produção agropecuária.
Entre as principais metas do plano ABC+MT, se destaca a ampliação de sistemas de irrigação, sistema de plantio direto, integração de lavoura e pecuária, maior uso de bioinsumos, sistemas agroflorestais, recuperação de pastagens degradadas, manejo de resíduos animais e terminação intensiva de bovinos.
Segundo especialistas, através das metas estabelecidas, será possível diminuir a emissão de gases do efeito estufa, provenientes do processo agropecuário do estado. Espera-se que seja capaz de mitigar aproximadamente 89 milhões de toneladas de CO2, o que representa 9% da meta nacional.
Adotar o plano garante alta eficiência
O coordenador de Gestão e Inteligência em Sustentabilidade do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Rodrigo Moreira Dantas, pontua que o produtor rural que adotar o plano ABC+ MT, vai garantir alta eficiência, baixo custo de produção, máxima produtividade e baixa emissão de carbono.
“O produtor rural precisa comprar a ideia, ele é o foco do plano. Ele precisa entender que isso irá trazer maior produtividade, mais renda e mais movimentação econômica. Se o produtor rural não estiver convencido que práticas sustentáveis são a melhor solução, não vai adiantar”, frisa o coordenador.
Em Mato Grosso, o plano já está em sua segunda fase de desenvolvimento, a primeira foi iniciada em 2010, mas devido a pandemia da Covid-19, sofreu uma expressiva pausa em sua elaboração. Após o período, os trabalhos se iniciaram novamente, sob a responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec-MT).
Ao todo, participaram da construção outras 38 instituições, entre as principais a Casa Civil de Mato Grosso, Superintendência Federal de Agricultura, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato). Todas elas contribuem com ações a serem desenvolvidas até 2030, ano que foi estabelecido como meta do plano.
A superintendente de Agronegócios e Crédito da Sedec-MT, Linacis da Silva, afirma que as instituições estão integradas e com compromisso firmado para a realização das metas estabelecidas pelo plano. A expectativa é chegar em 2030 com uma agropecuária mais sustentável em Mato Grosso.
Já o assessor Especial da Sedec-MT, Fábio Peixoto, destaca que o desafio hoje é colocar em prática as metas, que no momento são apenas números.
“As metas são apenas os números que a gente projetou com uma base técnica, então a gente precisava de um plano de ação, para colocar em prática. Então consultamos as próprias instituições que fazem parte, e fizemos um mapeamento para entender como que cada organização poderia contribuir e colocar o plano em ação”, explica o assessor.
*Sob supervisão de Viviane Petroli
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