ENCERRA EM JUNHO

Entidades pedem prorrogação de incentivos fiscais a suinocultura e nas indústrias frigoríficas

Segundo a Acrismat e o Sindifrigo essas questões são fundamentais para a manutenção e o desenvolvimento das atividades no estado

Foto: Reprodução Acrismat
Foto: Reprodução Acrismat

Entidades ligadas ao setor da suinocultura devem solicitar ao governo de Mato Grosso a prorrogação dos incentivos fiscais para a produção e indústria. Isso porque os que foram concedidos se encerram neste mês de junho e, de acordo com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) e o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), estes são fundamentais para a manutenção e o desenvolvimento das atividades no estado. 

Para a suinocultura, a Acrismat pede a prorrogação do valor do crédito presumido do  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder), que se encerra no último dia deste mês de junho. Atualmente o crédito presumido do ICMS é 75% para animais enviados para abate em outros estados.

“A capacidade de abate de suínos aqui no estado não atende o volume da nossa produção, e por isso é necessário que parte dos animais sejam enviados para abate em outros estados. Conseguimos a redução de 12%, para 3% no crédito presumido para operações de animais enviados para fora do estado para abate e engorda”, pontua o presidente da associação, Frederico Tannure Filho.  

Já para os frigoríficos o pedido é de prorrogação na redução da alíquota do ICMS para frigoríficos de suínos, com operações internas e interestaduais de produtos oriundos da suinocultura.  

Os pleitos contam com apoio do Fórum Agro MT e da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT).  

Adesão ao Sisbi esbarra na escassez de veterinários

Há cerca de dois meses a Acrismat levantou o debate sobre a falta de médicos veterinários que possam trabalhar na habilitação de frigoríficos no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), em plantas que comercializam a carne suína. Segundo levantamento, atualmente são mais de 20 plantas frigoríficas que aguardam a certificação do Sisbi, sendo três delas que abatem suínos.  

De acordo com diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, a habilitação desses estabelecimentos no Sisbi abrirá novos mercados nacionais para a venda da produção de carne suína em Mato Grosso.  

“Mato Grosso não consome toda a carne suína que produz e por isso enviamos muitos animais para serem abatidos em outros estados. Precisamos dar condições para que esses animais sejam abatidos aqui, e que estes estabelecimentos possam comercializar esses produtos em todo o território nacional, o que vai gerar mais emprego e renda em nosso estado, e para isso é fundamental darmos celeridade para resolver esse gargalo”, explica. 

A presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), Emanuele Almeida, informou que existem atualmente 21 pedidos de frigoríficos pleiteando a equivalência do Serviço Veterinário Oficial do Ministério da Agricultura para o serviço estadual, que é o Sisbi.  

“Hoje o principal gargalo que o Instituto enfrenta para conseguir liberação deste certificado é a falta de veterinários, para que sejam colocados à disposição das indústrias. A solução para resolver esse entrave é solicitar ao governo a convocação de novos médicos veterinários”, afirma. 


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