ESPECIAL MAIS MILHO

De Cunhataí para Sinop, um agricultor catarinense que teve o destino traçado para MT

A cultura do milho que antes era para fazer palhada, hoje é um incremento para a propriedade, afirma o produtor

Lauro Francisco Diel é um apaixonado por sua cidade natal: Cunhataí, Santa Catarina. Tanto é que a cidade dá nome a uma de suas quatro propriedades no médio-norte de Mato Grosso. Em Sinop há 25 anos, o catarinense afirma que o estado e a cidade estavam em seu destino, assim como a produção agrícola.

A migração para Sinop ocorreu após ter passado por um momento difícil, mas já era “incentivada” por um ex-patrão que na década de 1980 tirava férias no município e voltava enaltecendo seus potenciais, que segundo Lauro, só errou no tipo de produção.

Hoje, ele cultiva 2,5 mil hectares de soja e milho, com estrutura para produzir cinco mil hectares. O milho atualmente faz parte da composição da renda da fazenda. O que antes era para fazer palhada, conforme o produtor, hoje é um incremento, que em alguns momentos é mais importante do que a soja.

“Eu acho que o destino me trouxe para o lugar certo”, pontua Lauro em entrevista ao programa Especial Mais Milho, do Canal Rural Mato Grosso, desta semana.

Conforme o produtor, além do ex-patrão, a produção agrícola lhe era chamada a atenção ainda nos tempos da escola agrícola. Ele conta que havia um professor que sempre falava sobre o Cinturão do Milho nos Estados Unidos, o Corn Belt, o que lhe despertou o sonho de um dia ver de perto.

“Hoje não só matei o sonho de conhecer isso, como fizemos aqui em Sinop o que os professores nos ensinaram sobre o Corn Belt. Hoje, essa região do médio-norte, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum, Sinop, é um Corn Belt americano”.

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Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso

Milho hoje é mais do que palhada

Em Santa Catarina, Lauro trabalhava na área comercial, assim como quando chegou a Sinop, mas também era produtor rural. Tinha uma criação de suínos.

“E, eu era um grande produtor lá. Plantava 40 hectares de milho”, diz aos risos.

O produtor comenta que hoje faz 100% da área com soja e em seguida milho safrinha. De acordo com ele, “o que é errado”, pois sabe que deveria fazer rotação de cultura na segunda safra.

Lauro lembra que quando iniciou na agricultura em Sinop, lá pelos idos de 2004, o carro-chefe era a soja e o milho era utilizado para fazer palhada, proteção de solo, pois “não dava resultado. Plantava 50% da área. Era o cenário perfeito”.

“Aí o milho valorizou com a chegada das empresas de etanol. Ficou um bom negócio tanto quanto a soja. Hoje, a gente planta milho e soja, se o clima permitir, na área total”.

Safra 2023/24 clima “favoreceu”

A região de Sinop, na qual a Fazenda Cunhatay e as demais propriedades estão situadas, conforme Lauro, foi “favorecida” pelo clima. O que auxiliou para o bom desenvolvimento da safra 2023/24.

“Esse ano teve de tudo. O El Niño atrapalhou demais. Todos os lugares em que você vai neste Mato Grosso tem história de tudo o que é tipo. Tem muita gente que foi prejudicada. Nós aqui graças a Deus fomos um cenário quase perfeito. Fomos abençoados nas quatro fazendas. Soja e milho completo”.

Na soja, Lauro revela ter conseguido alcançar média de 65 sacas por hectare na Fazenda Cunhatay. Já seu filho em outra propriedade da família alcançou 70 sacas de média.

Para o milho, a expectativa é seguir o histórico de 110, 120 sacas por hectare de média.

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