Devido às adversidades do clima no final de abril deste ano, as expectativas da safra 2023/24 que giravam em torno de 125 milhões de toneladas de milho no Brasil, diminuíram. Conforme o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, Mato Grosso tende a ser melhor que o esperado na produção de milho nesta temporada.
“Alguns estados estão produzindo mais milho do que imaginávamos, Mato Grosso é um exemplo disso. A projeção inicial era de 108 sacas por hectare e agora a previsão, depois da reavaliação, é de até 110 sacas”, explica Gauer em entrevista ao Direto ao Ponto desta semana.
Algumas regiões tiveram um melhor desempenho devido ao clima com semeaduras mais precoces e as que tiveram a semeadura mais tardia sofreram com a falta de chuvas.
Durante o bate-papo, o apresentador do Canal Rural Mato Grosso, Glauber Silveira, trouxe um questionamento sobre o preço dos fertilizantes.
De acordo com Gauer, a relação de troca deu uma recuada. “Nós voltamos para a média histórica dos últimos cincos anos. Diminuiu o patamar de 2021 e 2022 que demos uma escalada pensando na moeda de troca do produtor que é a soja e o milho, melhorou realmente”.
Nas últimas semanas, a MP 1.227/24 trouxe questionamentos dentro do setor produtivo. Dentre os principais, para o produtor mato-grossense, ela movimentava e trazia um impeditivo no PIS e Cofins, principalmente, para os exportadores na hora da importação de algum produto.
“Isso iria impactar diretamente o preço ofertado para as tradings na hora de adquirir o produto. Tanto é que no estado, algumas paralisações foram feitas porque isso poderia impactar diretamente”, explicou Gauer.
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