Mato Grosso

Animais morrem na MT-170 e motoristas padecem diante atoleiros; veja vídeos

Atoleiros na MT-170, antiga BR-174, já duram mais de 30 dias e produtores e motoristas a cada dia somam mais prejuízos

“Estou aqui desde quarta-feira (29) e continuamos velando os atoleiros”. Este é mais um relato de caminhoneiros presos em meio aos atoleiros da MT-170, antiga BR-174, que há mais de 30 dias encontra-se um verdadeiro lamaçal. Segundo motoristas e produtores rurais, animais já começam a morrer.

Relatos de atoleiros e dificuldades para trafegar na MT-170, região noroeste de Mato Grosso, chegam há mais de 30 dias para o Canal Rural Mato Grosso.

Para passar por um trecho de 120 quilômetros, segundo motoristas e moradores da região, entre os municípios de Castanheira e Juruena, é preciso um verdadeiro exercício de paciência.

Conforme relatos de motoristas, mais de 300 caminhões estariam parados sentido Juruena. Em meio aos veículos, muitos estão carregados com gado. Em alguns pontos dos atoleiros há relatos de que os motoristas chegam a pegar água em valetas para beber, cozinhar e lavar roupas.

“Realmente a situação está caótica. Não há registros de numa época dessa, início de abril, as nossas estradas estarem nessas condições. Essa tormenta já passa de 30, 40 dias. Infelizmente as empresas que estão naqueles trechos para iniciar as obras de pavimentação elas estão com número de maquinários muito baixos”, relata o presidente do Sindicato Rural de Juruena, Marcos Belizario Rodrigues.

Atoleiro na MT-170 produtores e caminhoneiros se mobilzam para desatolar caminhão boadeiro
Produtores da região auxiliam caminhão boiadeiro que tombou na MT-170 e teria vitimado mais de 20 animais. Foto: Do Interauta

O presidente do Sindicato Rural de Juruena comenta ainda que no trecho em que os problemas estão maiores se vê a empresa com apenas uma patrola e uma pá carregadeira.

“Infelizmente a situação lá está muito triste. Ontem eu vi a situação de um caminhão que acabou tomando e morreram, pela informação que chegou para mim, mais de 20 animais. Infelizmente, a situação está desastrosa. Os produtores já estão com mais de 30 dias que não conseguem fazer vendas”, salienta Rodrigues.

Produtores e municípios se unem para ajudar caminhoneiros

De acordo com o pecuarista e vice-presidente do Sindicato Rural de Cotriguaçu, Carlos Henrique Alberti, produtores e a população estão se juntando para auxiliar os caminhoneiros que estão em meio aos atoleiros.

“Uma carreta tombou, e produtores de Cotriguaçu que se juntaram e pagaram particular máquinas para ir lá puxar o gado, puxas as carretas deles que estavam lá, ajudaram essa carreta que tombou. Tem uma estrada municipal que o povo estava desviando, que deu problema. Uma carreta tombou”, Alberti.

Alberti comenta ainda que nesta segunda-feira (3) um grupo de produtores rurais fizeram uma arrecadação de cestas básicas na cidade para levar até os caminhoneiros que estão parados nos atoleiros.

“Coisa triste. Os motoristas passando fome. Motoristas já sem comida. Ontem à noite, duas horas da manhã, uma carreta que vinha carregar aqui conseguiu chegar em Juruena. Desde quarta-feira (29) na estrada. Quase uma semana parada vazia. Imagina os que estão carregados. E, não tem máquina. O pessoal fala de máquina, que tem máquina. Que estão na estrada. E, não tem nada de máquina na estrada”, completa Alberti.

Mais de 300 caminhões estão parados no sentido a Juruena, segundo relatos de caminhoneiros. Foto: Do Internauta

Prefeitura de Juruena se mobiliza para ajudar motoristas

Segundo presidente do Sindicato Rural de Juruena, Marcos Belizario Rodrigues, a Prefeitura de Juruena estaria se mobilizando para auxiliar os caminhoneiros que estão em meio aos atoleiros na região do município.

“Agora pela manhã recebi à notícia que a Prefeitura de Juruena está mobilizando os maquinários para poder estar indo até lá e tirar os caminhões que estão atolados e tentar dar uma aliviada na situação. Mas, se as chuvas não cessarem, infelizmente não tem como fazer nada. Estrada de chão se não der sol para poder tirar o barro e dar uma arrumada, infelizmente não tem o que fazer. A situação está trágica”.

Confira nota enviada pela Sinfra-MT no dia 31 de março ao Canal Rural Mato Grosso:

“A Sinfra-MT e os Consórcios Intermunicipais seguem com máquinas trabalhando diariamente na região. A Sinfra-MT lembra que assumiu a gestão da rodovia, que era do Governo Federal, em junho de 2022 e que em oito meses já assinou a ordem de serviço para asfaltar 4 dos 6 lotes da rodovia. As obras de asfaltamento vão começar após o período chuvoso”.

Confira vídeos enviados por caminhoneiros:

 

 

Confira comentário de Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural:

 

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