PATRULHEIRO AGRO

Lavoura americana recebe mais de 700 milímetros de chuva este ano 

A boa oferta de umidade no solo do meio-oeste norte americano, enche os agricultores de expectativas na produtividade da região considerada o cinturão agrícola

Algumas lavouras americanas receberam mais de 700 milímetros de chuva neste ano. A boa oferta de umidade no solo do meio-oeste norte americano, enche os agricultores de expectativas na produtividade da região considerada o cinturão agrícola, responsável por 80% da produção do país. 

Conforme o agrônomo Cesar Guareschi, ao Patrulheiro Agro desta semana, a região recebeu mais de 50% de chuvas esperadas. Ele gerencia uma empresa de pesquisa de diversos produtores rurais em diferentes ambientes de produção no Kansas.

“A produtividade vai variar, principalmente, aqui no Kansas que tem uma heterogeneidade de ambientes produtivos muito grandes. Eu diria que onde a gente tem água suficiente para para produzir milho, e, tendo essa água disponível para as plantas em torno de 250 a 300 bushels por acre irrigado. Em sequeiro um pouquinho menos que isso, em torno de 200, 220 bushels por acre. E na  soja eu diria que em torno dos seus 55, 65 bushels por acre”, explica. 

Dennis Boller, produtor rural em Junction City (Kansas), cultivou nesta safra 400 hectares de milho e 300 hectares de soja. A estimativa é que a soja de sequeiro seja em torno de 60 sacos e a soja irrigada, 65. Já para o milho de sequeiro a expectativa é de 200 bushels e no milho de irrigação, 300 bushels. 

Ele conta que o clima faz toda a diferença na produtividade do cereal e da oleaginosa. “Ano passado recebemos 12 polegadas de chuvas, cerca de 300 milímetros e neste ano quase 700 milímetros. Isso é mais que o dobro. As expectativas para a soja e o milho estão altas”. 

A região, considerada o cinturão agrícola dos Estados Unidos, garante 80% da produção nacional. 

“A maioria dos produtores que você conversa, falam que vão produzir em torno de 10% a mais. Uma coisa que me chamou muita a atenção é que aqui, o produtor falou que no estágio final do ciclo da soja pode ficar até trinta dias sem chuva que ele não tem quebra de produtividade por causa da capacidade de acúmulo de água que tem nos solos americanos”, pontua Fernando Ferri, vice-presidente Sul da Aprosoja-MT. 

Fernando diz que ao norte dos Estados Unidos, no município de Dakota do Sul, foi encontrada uma região de seca com problemas de falta de chuvas.

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