EXPORTAÇÃO

Rondonópolis precisa avançar na agroindústria, diz assessor especial do Mapa

Na avaliação de Carlos Ernesto Augustin o município de Rondonópolis tem tudo para se tornar um polo industrial do estado

Carlos Ernesto Augustin em bate-papo com jornalistas de Rondonópolis
Foto: Viviane Petroli/Canal Rural Mato Grosso

Porta de entrada e saída de Mato Grosso pelas regiões sul e sudeste do país, Rondonópolis é a terceira maior cidade do estado, porém com uma “agroindustrialização fraca”. A pontuação é do assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Ernesto Augustin. Segundo ele, é preciso “liderança e organização” em todos os sentidos para que se tenha um avanço em tal segmento econômico.

Entre janeiro e setembro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Rondonópolis somou US$ 2,301 bilhões em exportações, 9,8% do volume mato-grossense. No período, a maior parte das exportações da cidade foram de torta e resíduos da extração do óleo de soja, somando U$ 1,18 bilhão. A soja em grão US$ 698 milhões, o milho US$ 150 milhões e carne bovina US$ 94,2 milhões.

“Rondonópolis tem avançado em termos imobiliário, porém precisa avançar também na agroindustrialização. O município tem espaço, tem ferrovia. Não tem uma usina de etanol de milho. Tem uma cooperativa interessada e estamos buscando junto ao BNDES uma linha de crédito para que o produtor possa produzir etanol de milho. Linha por sinal que não existe hoje lá”, disse o assessor especial do Mapa durante bate-papo com jornalistas no município.

Para Carlos Ernesto Augustin é preciso “liderança e organização” tanto por parte do estado quanto do município, bem como da classe empresarial, para que tal avanço ocorra.

“Brasil é de um potencial enorme”

De acordo com o assessor especial do Mapa, em 2023 o Brasil conquistou 50 novos mercados para a sua produção.

Na última semana o Mapa anunciou a abertura do mercado da Argélia para a carne de frango brasileira. A abertura ocorreu após a revisão de certificados e auditorias que subsidiaram a análise e o estabelecimento de requisitos fitossanitários para importação do produto nacional.

O Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango no mundo, consolidando-se como um fornecedor confiável e competitivo, que destina 36% da produção nacional ao mercado externo

“Estamos tendo muito progresso. O relacionamento com o mercado internacional é uma coisa séria. Participei de várias missões internacionais. Assim conseguimos ver o potencial do Brasil”.


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