Um dos maiores desafios dentro das propriedades rurais de Mato Grosso é a busca por profissionais que atendam as demandas dentro da porteira. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizou um estudo o qual relata que do total de entrevistados, 57,91% afirmaram que o maior problema é a falta de qualificação técnica dos profissionais.
O estudo foi feito com 392 produtores rurais em 94 municípios do estado. A pesquisa, “Mão de Obra: Um desafio para os produtores rurais em Mato Grosso”, mostra que vaqueiros e operadores de máquinas indicam um gargalo na disponibilidade dessas funções por 20,66% e 36,99%, respectivamente.
Conforme o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, uma parcela dos produtores rurais buscam profissionais de outros estados em função da dificuldade de achar mão de obra.
“O nosso papel é subsidiar o setor e o governo para criar as condições e mecanismos para que a gente consiga mostrar, cada vez mais, mostrar o trabalho que nós desenvolvemos e também que pode ser um mercado de trabalho interessante para as pessoas atuarem”, afirma.
Dentro do estudo, a grande maioria dos produtores, representado por 70,66%, informou enfrentar uma alta dificuldade na busca por novos profissionais. Ao passo que 9,18% indicaram baixa dificuldade.
Entre as necessidades da mão de obra informadas na pesquisa estão operador de máquinas, vaqueiros, profissionais de campo, cargos administrativos e uma novidade: técnico de agricultura de precisão.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, explica que essa demanda na mão de obra é o reflexo do crescimento do estado. “A gente tem muito trabalho a se fazer para atender a demanda desses empresários rurais”.
Estudo auxilia Senar-MT para novas estratégias
Com mais de cinco mil propriedades atendidas, o Serviço de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), vai utilizar os dados da pesquisa para novas estratégias e programas que auxiliem nas dificuldades de quem contrata e de quem busca oportunidades no campo.
Bruno de Faria, gerente da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar-MT, confirma que atualmente as atuações nesse cenário estão a todo vapor.
“A partir do ano que vem, nós vamos soltar um piloto em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum para a assistência técnica na sojicultura. E vamos liberar, mais para frente, para todo estado justamente para atender essa demanda do campo. Atualmente, atendemos 13 cadeias”, frisa.
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