Uma estrutura flutuante é instalada em um riacho que atravessa a cidade de Rondonópolis. A iniciativa é de uma cooperativa de crédito local, que buscou parceria com a comunidade ribeirinha. Diariamente, o lixo “preso” na ecobarreira é recolhido e destinado corretamente.
A ecobarreira e a preservação do riacho são temas do MT Sustentável desta semana.
O pescador da região, Francisco Teodoro da Silva, conhecido como “Chico”, diariamente recolhe o lixo retido pela barreira ecológica, instalada no córrego Araréu. Ele divide o trabalho com outro pescador, o Dionísio Feitosa Ferreira. Os dois ribeirinhos foram contratados para esse serviço extra, onde recolhem os lixos que antes, sem a barreira, iam parar no Pantanal.
“Já fomos surpreendidos com tambor de 200 litros, capacete, vidro daqueles de vinho, todo tipo de garrafa. É muito lixo que não era para estar aqui”, comenta Chico.
O projeto é desenvolvido pelo Sicredi de Rondonópolis. E quem supervisiona todo o processo é o engenheiro agrônomo e assistente técnico da cooperativa de crédito, Irineu Filho.
“A estrutura da ecobarreira é composta por uma grade de 40 cm de altura e que fica flutuando sobre a água. O que faz ela flutuar são os canos de PVC e como ela fica flutuante, é isso que faz ela recolher o lixo superficial que vem sobre a água. Aí não barra a passagem de peixes e recolhe só a parte de lixo superficial, mesmo”, explica Irineu.
Antes da instalação da barreira, foi realizado um estudo de impacto ambiental e só depois disso que os órgãos de proteção ao meio ambiente liberaram as licenças para a colocação da ecobarreira.
A implantação do projeto contou com a parceria de outras empresas. Uma que vai transportar e dar destino ao lixo e outra que amparou nos aspectos técnicos e legais. De acordo com o vice-presidente da cooperativa de crédito, Antonio Carlos Dourado, outras duas ou três ecobarreiras deverão ser instaladas, mas a coleta do lixo é apenas uma parte do projeto.
“É um projeto estruturado, que tem o objetivo de ficar aqui para sempre, contribuindo. Quiçá, no futuro próximo nós não tenhamos a necessidade de manter a barreira, porque as pessoas vão estar conscientizadas de que não devemos jogar resíduos no rio”, pontuou Antonio.
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